ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR ACESSO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EM PERÍODOS DE EMERGÊNCIA SANITÁRIA: SÍNTESE DE EVIDÊNCIAS E DIÁLOGO DELIBERATIVO EM PERSPECTIVA DECOLONIAL
O acometimento da Pandemia de Covid-19 foi desigual, acarretando maiores perdas para grupos populacionais específicos que já se encontravam expostos às vulnerabilidades sociais no período pré-pandêmico, em particular as pessoas com deficiência. Frente ao contexto de iniquidade no acesso à saúde, as estratégias globais provenientes de sínteses de evidências precisam ser colocadas a prova numa perspectiva decolonial no sentido de considerar evidências locais para lidar com as dificuldades de acesso em períodos de pandemia. O trabalho é assinado por Flavia Elias e Débora Rezende. A apresentação ocorre dia 01/11 na Fiocruz Pernambuco – sala 07, das 13h10 às 14h40.
AMBULATÓRIOS TRANS DO SUS: A COMUNICAÇÃO COMO CHAVE DO SERVIÇO
Trabalho elaborado a partir da percepção da necessidade de conferir visibilidade aos serviços de ambulatório que atendem pessoas transexuais e transgênero, incluindo as que buscam informações sobre o processo transexualizador. Acredita-se que há uma ausência de ações planejadas e de materiais de divulgação desses serviços, situação agravada pelo contexto sócio sanitário causado pela pandemia de Covid-19. O trabalho é assinado por Aline Cavaca e outros. A apresentação ocorre dia 01/11 na Fiocruz Pernambuco – sala 06, das 13h10 às 14h40.
O TERRITÓRIO DA SABIAGUABA E A VIGILÂNCIA POPULAR EM SAÚDE
A pesquisa analisou a Vigilância Popular em Saúde e Ambiente como uma possibilidade para compreender a resistência do território da Sabiaguaba/CE aos diversos conflitos ambientais. A comunidade da Sabiaguaba tem se auto-organizado para garantir os direitos à vida, educação, saúde e à natureza, através de coletivos e associações. Neste contexto, surge como pergunta geradora da pesquisa a frase: Como a Vigilância Popular em Saúde e Ambiente pode ser utilizada como uma estratégia de enfrentamento aos conflitos ambientais no território da Sabiaguaba?. O trabalho é assinado por Ana Paula Dias, Leonardo Araújo, Alan Rabelo e outros. A apresentação ocorre dia 01/11 no Prédio do Centro de Ciências e Saúde (CCS) – auditório do PPG Saúde, das 13h10 às 14h40.
EDUCOMUNICAÇÃO E A VACINAÇÃO DO HPV: DO INSTAGRAM AO OLHAR DOS JOVENS
O câncer do colo do útero é um tumor maligno do órgão reprodutor feminino causado pela infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus humano (HPV), chamados oncogênicos. Para tentar conter a disseminação do vírus, foi desenvolvida a vacina profilática contra o HPV. A Educomunicação em saúde abre a possibilidade de compreender, de forma cada vez mais ampla, o papel da comunicação na formação e informação da sociedade, tendo a função, também, de propiciar acesso à cidadania, seja propagando informações e orientações de caráter coletivo com relação ao desenvolvimento das áreas de saúde, seja contribuindo para difundir junto à opinião pública a saúde como um direito subjetivo. O trabalho é assinado por Aline Cavaca e Tito Livio Barreto. A apresentação ocorre dia 02/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala B12, das 08h30 às 10h00.
CONSTRUÇÃO DE PESQUISA PARTICIPATIVA NO CAMPO DA EDUCAÇÃO POPULAR E SAÚDE
Este trabalho é o relato de construção teórico-metodológica. O projeto é desenvolvido pelo Grupo Temático (GT) de Educação Popular e Saúde (EPS) da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) composto por pesquisadores, trabalhadores das áreas da saúde e educação, assim como movimentos e grupos populares das regiões nordeste, sudeste, sul e centro-oeste do país. A proposta de pesquisa foi originalmente idealizada em 2018 pelos integrantes do GT de EPS, na perspectiva de construção de um estudo que integrasse as diferentes instituições de pesquisa e ensino vinculadas ao Grupo, em uma ação de investigação que fosse participativa, solidária e multicêntrica, dando luz às práticas e aos movimentos de EPS e suas formas de organização. O trabalho é assinado por Osvaldo Bonetti e outros. A apresentação ocorre dia 02/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala C4, das 08h30 às 10h00.
EXPERIÊNCIAS E PERCEPÇÕES DE TRABALHADORAS SEXUAIS CISGÊNERO SOBRE MÉTODOS BIOMÉDICOS DE PREVENÇÃO AO HIV: UMA PERSPECTIVA INTERSECCIONAL
Desde o final do século XX a epidemia de HIV/aids tem sido um dos grandes desafios no campo da saúde, como uma das principais causas de morte por doenças infecciosas no mundo. Mas a prevalência e o risco de agravos são notadamente mais críticos para travestis e mulheres transexuais, jovens homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas injetáveis e trabalhadoras sexuais. Nos anos 2010, as profilaxias pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP) e o autoteste de HIV surgiram como apostas para mudar esse cenário. Entretanto, como já alertavam diversas pesquisas e movimentos sociais, o relatório sobre HIV/Aids lançado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas em 2022 confirmou a insuficiência dos métodos biomédicos para conter as novas infecções, se não houver a devida atenção às barreiras sociais interpostas às práticas cotidianas de prevenção. No caso específico das trabalhadoras sexuais, fatores como o estigma, a violência de clientes e de agentes do Estado, as relações de gênero, os contextos legais e contextos de trabalho são comprovadamente relacionados ao curso da epidemia, mas poucos estudos abordam o impacto desses fatores sobre a efetividade dos novos métodos biomédicos, especialmente sob uma perspectiva interseccional. O trabalho é assinado por Dulce Ferraz e outros. A apresentação ocorre dia 02/11 no Centro de Ciências Médicas (CCM) – auditório, das 08h30 às 10h00.
COMO ESTÁ A PRESENÇA DOS CONSELHOS ESTADUAIS DE SAÚDE E DO CONSELHO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL NAS MÍDIAS SOCIAIS?
Com o advento da sociedade da informação, a utilização das tecnologias digitais e o crescente papel das mídias sociais, a comunicação e o acesso à informação têm passado por transformações significativas. Nesse contexto, uma presença digital incisiva dos Conselhos de Saúde torna-se cada vez mais relevante para promover uma maior participação e engajamento da sociedade, permitindo a disseminação de informações, o compartilhamento de experiências e a mobilização em torno de questões de saúde. O objetivo da pesquisa foi de conhecer os instrumentos de mídia digital utilizados pelos Conselhos Estaduais de Saúde e pelo Conselho de Saúde do Distrito Federal, para comunicação com a sociedade. O trabalho é assinado por Sandra Mara Alves e José Rafael Cutrim. A apresentação ocorre dia 02/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala C12, das 08h30 às 10h00.
PRÁTICAS PARTICIPATIVAS DE EXTENSÃO-COMUNICAÇÃO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE JUNTO ÀS POPULAÇÕES VULNERÁVEIS: A EXPERIÊNCIA DA REVISTA TRAÇOS
No Brasil, a preocupação com as desigualdades sociais é objeto de diversas iniciativas institucionais como o Sistema de Saúde, de Assistência Social, empresas, ONG, por meio das quais tem-se evidenciado enorme relevância social de seus resultados, sendo compartilhados entre a comunidade acadêmica, pela mídia e pelos próprios patrocinadores das atividades. Vêm emergindo na reflexão acadêmica o olhar atento às iniciativas sociais, em que as estratégias de iniciativas de saúde, de seguridade social e de cultura ou econômica se complementam na direção da cidadania. Trata-se de iniciativas que possuem formas de organização, desenvolvimento e aplicação bastante peculiar e emergem da e para a própria população. O trabalho é assinado por Marcelo Pedra e outros. A apresentação ocorre dia 02/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala A7, das 08h30 às 10h00.
PLANO DE MAPEAMENTO E SISTEMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE DE ENFRENTAMENTO À PROBLEMÁTICA DAS CENAS ABERTAS DE USO DE DROGAS, COM ÊNFASE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS)
O estudo irá mapear e sistematizar as ações de saúde no enfrentamento à problemática das cenas abertas de uso de drogas, com ênfase na atenção primária à saúde (APS), usando como referência a Política Nacional de Saúde Mental, que compreende estratégias adotadas para estruturar medidas de assistência para pessoas com necessidades de tratamento específicos em saúde mental, isso inclui pessoas com quadro de dependência de substâncias psicoativas como álcool, crack e outras drogas, além da referência da Política Nacional de Atenção Básica, a partir das práticas de gestores e trabalhadores das eCR. O trabalho é assinado por Fabiana Damásio, Marcelo Pedra, Juliana Borges, Stella dos Santos, Renata Simões, Giulia Bedê e Mayara de Araújo. A apresentação ocorre dia 02/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala E8, das 08h30 às 10h00.
FORMAÇÃO SOBRE VIGILÂNCIA POPULAR EM SAÚDE INTEGRADA EM PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE
O Curso de Formação em Vigilância Popular em Saúde é parte do processo de mobilização, articulação e formação de profissionais de saúde para o enfrentamento das doenças e agravos emergentes e reemergentes em saúde. As consequências desencadeadas pela pandemia do coronavírus acabaram por agudizar as situações de iniquidade nos territórios, agravando assim, a desigualdade estrutural na sociedade brasileira. O desemprego, os impactos emocionais, o empobrecimento, a dificuldade de acesso à informação, somadas às questões sanitárias tem trazido uma séria crise às famílias e comunidades dos aglomerados urbanos e no campo. Neste contexto é que se inscreve a idealização e implementação de um processo formativo para profissionais residentes em saúde para qualificar suas ações de promoção, prevenção e cuidado em saúde, fomentar a luta e organização popular pela garantia dos direitos da cidadania e das condições sociais básicas para o enfrentamento da pandemia, promovendo o fortalecimento dos vínculos entre comunidades e serviços de atenção básica do SUS. O trabalho é assinado por Kélly Dandara Macedo, Osvaldo Bonetti e outros. A apresentação ocorre dia 02/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala D8, das 08h30 às 10h00.
DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS DE VIGILÂNCIA POPULAR E CUIDADO EM SAÚDE JUNTO A UM GRUPO DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE
A oferta pelo Estado de serviços de forma vertical e centralizada, ou seja, distante do cotidiano dos grupos populares marginalizados têm servido como estímulo a iniciativas de Vigilância e Cuidado Popular na defesa da vida. As disparidades econômicas são reconhecidamente parte do processo saúde-doença, e se manifestam das mais variadas formas, atingindo principalmente os grupos mais vulnerabilizados. Sabe-se que a implementação de políticas públicas de saúde é necessária para que ocorra processo de vigilância em saúde, que inegavelmente traz benefícios e avanços à saúde populacional. No entanto, por vezes, essa atividade apresenta-se ainda com um viés fiscalizador, gerando um distanciamento da autonomia da população sobre a própria saúde. O protagonismo social é impossibilitado por várias barreiras impostas de forma a impedir a produção de um cuidado autônomo e crítico. A desigualdade social e as negligências enfrentadas pela classe trabalhadora, na qual as mulheres são as mais afetadas, muitas vezes, impede o acesso à informação para uma tomada de consciência crítica sobre o cuidado que é ofertado. Desta forma, ao enfrentarmos crises sanitárias como a Covid-19 e encontramos dificuldades para articular ações de combate ao vírus, pois as estruturas de poder funcionam de forma vertical, sem conseguir incorporar ações em conjunto com a comunidade. O trabalho é assinado por Ana Regina Barbosa e outros. A apresentação ocorre dia 02/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala D8, das 08h30 às 10h00.
TERRITORIALIZAÇÃO EM SAÚDE COMO FORMA DE ENFRENTAR VULNERABILIDADES E PROMOVER CUIDADO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
O Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro foi construído por meio de muita luta da sociedade em um período de repressão política, migração populacional para as periferias urbanas e aumento da desigualdade social. Fundamentado num projeto territorial descentralizado, hierarquizado e integrado através das Redes de Atenção à Saúde (RAS), o SUS tem na Atenção Primária à Saúde (APS) a base presente em todo o território nacional, que funciona como porta de entrada do usuário e centro de comunicação da RAS. Nesse sentido, o processo de territorialização em saúde é de suma importância para a APS, pois possibilita o diagnóstico cuidadoso e preciso do território com um olhar ampliado, indo além do modelo biomédico, abordando aspectos biopsicossociais e possibilitando o planejamento das ações em saúde, especialmente para os mais vulneráveis, sendo também um instrumento para obtenção e análise de informações, usado para entender e trabalhar os contextos do território. O trabalho é assinado por Mayara Suelirta e outros. A apresentação ocorre dia 02/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala B11, das 13h10 às 14h40.
TRAJETÓRIAS JUVENIS DE MULHERES TRANS E TRAVESTIS: VULNERABILIDADES, DIREITOS E PREVENÇÃO AO HIV
Na última década, importantes avanços tecnológicos ocorreram no campo da prevenção do HIV no Brasil, como a implantação da profilaxia pré-exposição (PrEP), disponível no Sistema Único de Saúde. Apesar disso, a epidemia continua a crescer entre jovens e as taxas de prevalência permanecem alarmantemente altas entre mulheres trans e travestis (MTTr) no país, indicando que esses grupos não têm se beneficiado suficientemente desses avanços. Reconhecendo a transfobia e o adultocentrismo entre esses determinantes, neste estudo buscamos compreender como a violação ou proteção de direitos na juventude produzem condições de maior ou menor vulnerabilidade de jovens MTTr ao HIV. O trabalho é assinado por Dulce Ferraz e outros. A apresentação ocorre dia 02/11 no Centro de Ciências Médicas (CCM) – auditório, das 13h10 às 14h40.
OBESIDADE E INTERSECCIONALIDADE EM POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NO BRASIL: ONDE ESTÃO OS SILÊNCIOS?
A obesidade tem sido retratada como problema de saúde pública, as causas são multidimensionais e demonstram interdependência entre fatores biológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais, caracterizando a obesidade sob uma ótica de sindemia. Ao considerar os aspectos raciais, de gênero/sexo e a classe social, a obesidade impacta os indivíduos de formas distintas, principalmente onde há profundas desigualdades e iniquidades sociais, como o Brasil. O objetivo do estudo foi realizar uma análise crítica da narrativa das políticas públicas de saúde brasileiras no cuidado das pessoas com obesidade a partir de uma perspectiva interseccional. O trabalho é assinado por Danielle Cabrini e outros. A apresentação ocorre dia 02/11 no Niate do CB – auditório, das 13h10 às 14h40.
COMUNIDADE DE PRÁTICA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
A Comunidade de Práticas em Atenção Primária à Saúde e População em Situação de Rua (ComPAPS) foi criada em outubro de 2021 trazendo como ênfase a busca de troca de experiência no atendimento à população em situação de rua no contexto da Covid-19. Com a ComPAPS, foram criadas 24 CdPs em 23 estados brasileiros e Distrito Federal. Em cada comunidade foi inserida uma pessoa mediadora, que deveria ser indicada pelos Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e por outras unidades da Fiocruz. O trabalho é assinado por Fabiana Damásio, Marcelo Pedra, Giulia Bedê, Stella Santos, Juliana Borges, Mayara de Araújo e outros. A apresentação ocorre dia 02/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala A7, das 13h10 às 14h40.
O PULO DO GATO – DESCENTRALIZAÇÃO DA ENUNCIAÇÃO E DO PROTAGONISMO NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO COMO CONDIÇÃO DECOLONIAL
Entre 2021 e 2023 realizamos uma pesquisa sobre a comunicação praticada pelas pessoas de áreas periféricas das grandes cidades no enfrentamento da Covid-19. Foram analisadas 50 iniciativas comunicacionais em 5 regiões metropolitanas de 5 capitais: Brasília, João Pessoa, Recife, Rio de Janeiro e Vitória. A pesquisa foi conduzida de forma multicêntrica por pesquisadores, estudantes e bolsistas organizados em 5 núcleos. Os comunicadores das iniciativas foram convidados a participar, somando 70 pessoas. A pesquisa buscou avançar no processo de descolonização da produção de conhecimento, em geral concentrada nos pesquisadores das instituições. O trabalho é assinado por Aline Cavaca e outros. A apresentação ocorre dia 02/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala C9, das 13h10 às 14h40.
A PANDEMIA E O TERRITÓRIO: EXPERIÊNCIA DE FOMENTO À COMUNICAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NUMA PARCERIA FIOCRUZ/OPAS
A Covid-19 evidenciou a importância da comunicação para enfrentar crises, mostrando também que, sozinhas, a comunicação institucional e a imprensa tradicional não conseguem dialogar com as populações nos níveis mais locais. Assim, comunicadores populares e comunitários são fundamentais, pois conhecem a realidade dos territórios, os meios de mobilizar e comunicar. Mas enfrentam vulnerabilidades, como falta de recursos e de acesso a fontes qualificadas. Compreende-se fundamental reconhecer e colaborar com o protagonismo dos comunicadores populares, que, com suas iniciativas comunicacionais em saúde, aumentam a resiliência dos territórios em situações de crise sanitária e social, contribuindo também para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, estabelecida pela ONU. Em setembro de 2022, a Fiocruz Brasília, com apoio do Canal Saúde e Cooperação Social da Instituição, lançou uma Chamada Pública para fomentar projetos de Comunicação Popular e Comunitária em Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e financiada pelo Governo do Canadá. O trabalho é assinado por Aline Cavaca, Wagner Vasconcelos, Fernanda Marques, Mariella Oliveira-Costa e outros. A apresentação ocorre dia 03/11 na Fiocruz Pernambuco – auditório, das 08h30 às 10h.
PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE PARA PESSOAS VELHAS DO CAMPO: PANDEMIA DA COVID-19 ANUNCIA INVISIBILIDADES
Para as Populações do Campo, das Florestas e das Águas, em especial as pessoas velhas do campo, a pandemia da Covid-19 mais do que evidenciou o contexto de desigualdades, principalmente a exclusão midiática e digital provocada pela ausência ou baixa presença do Estado nesses espaços. Mais do que isso, mostrou as repercussões da pouca compreensão do Estado sobre quem são e como vivem essas pessoas. Ainda que a pandemia tenha identificado as/os velhas/os como população mais vulnerável à doença, as narrativas sanitárias e políticas foram direcionadas à população urbana, adulta, alfabetizada, com acesso à internet e com prática no manuseio das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Some-se a isso, o excesso de informações e as fakes news contribuíram com a baixa ou inexistente compreensão sobre a doença para essas pessoas. O trabalho é assinado por André Fenner, Gislei Knierim, Virgínia Corrêa, Ana Paula Dias e outros. A apresentação ocorre dia 03/11 na Fiocruz Pernambuco – auditório, das 08h30 às 10h.
DIVERSUS: PARTICIPAÇÃO SOCIAL E EDUCOMUNICAÇÃO NAS BRECHAS DA GESTÃO
Os modos de se relacionar e se comunicar na saúde podem facilitar ou dificultar a participação dos segmentos juvenis nas políticas públicas de saúde. Assim, a comunicação se torna central na constituição de processos participativos. Uma abordagem que tem sido apresentada como promissora nas ações com as juventudes nessa perspectiva é a da educomunicação. Nessa perspectiva, esse estudo buscou analisar o Projeto DiverSUS – Educomunicação, Juventudes e Saúde, uma experiência de diálogo com as juventudes e de participação social juvenil, de abrangência nacional, realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Fundo de Populações das Nações Unidas (Unfpa), entre os anos de 2017 e 2018. O trabalho é assinado por Luciana Sepúlveda, Aline Cavaca e outros. A apresentação ocorre dia 03/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala A4, das 08h30 às 10h.
PANORAMA INSTITUCIONAL DO TRABALHO GRUPAL COM HOMENS AUTORES DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER NO BRASIL
A Lei Maria da Penha prevê o atendimento aos homens autores de violência em centros de reabilitação traduzidos, na prática, em atividades grupais. O artigo apresenta um panorama nacional destas ações, realizado por meio de revisão de literatura, pesquisa bibliográfica e documental. Nossa lupa de análise foi a compreensão de como se traduz atualmente, na realidade brasileira, as ações grupais a partir do panorama institucional realizado. O trabalho é assinado por Francini Guizardi, Lorena Padilha e outros. A apresentação ocorre dia 03/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala B2, das 08h30 às 10h.
EFETIVIDADE DE PROGRAMAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS NAS ESCOLAS: REVISÃO DE ESCOPO
A saúde escolar consiste em uma prática bastante difundida que parece ter relação com o papel do Estado diante das questões sociais, ou ainda as relações sociais do processo saúde-doença. As ideias que permeiam a compreensão sobre este processo e sobre os comportamentos humanos interferem no modo como a relação entre educação e saúde se constrói e se desenvolve no espaço escolar. Em particular, os programas/ações desenvolvidos nas escolas, constituem um campo de pesquisa bastante desafiador, pois a natureza do ambiente escolar é considerada complexa devido às múltiplas interferências de um sistema orgânico e aberto. O objetivo desta revisão de escopo foi analisar o estado da arte da avaliação da efetividade de programas de promoção da saúde e prevenção de doenças, voltados para crianças e adolescentes nas escolas. O trabalho é assinado por Luciana Sepúlveda, Erika Camargo, Flávia Elias e outros. A apresentação ocorre dia 03/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala A7, das 08h30 às 10h.
COLABORATÓRIO NACIONAL POP RUA
O projeto iniciou a realização de oficinas com a população em situação de rua e o terceiro setor, sendo ofertada 30 vagas em casa oficina, e a PSR sendo a prioridade no preenchimento de vagas das oficinas. As oficinas operacionalizadas pela Escola tem como foco a formação de formadores, isto é, multiplicadores do que está sendo ensinado. Os polos descentralizados iniciaram o processo de aproximação dos serviços e também a realização de oficinas sobre organização do processo de trabalho das equipes que atuam com PSR no território, juntamente com a escuta dos profissionais sobre as potencialidades e dificuldades da rede. Já está sendo ofertado pelos Polos: suporte aos processos futuros de qualificação do Centro Pop; Organização de um momento de troca entre as experiências nacionais dos centros de convivência; articulação com os serviços de Abrigo para PSR, e firmaram uma agenda de supervisão do processo de trabalho do serviço para melhor atender a psr; oficinas de capacitação para a PSR. É válido ressaltar que as agendas dos Polos e da Escola são construídas a partir da vivência, demanda e dinâmica de cada território, sendo essas agendas vivas e colaborativas. O trabalho é assinado por Fabiana Damásio, Marcelo Pedra, Stella dos Santos, Juliana Borges e Renata Simões. A apresentação ocorre dia 03/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala E8, das 08h30 às 10h.
A SUPERVISÃO CLÍNICO-INSTITUCIONAL COMO EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO EM SAÚDE
O processo de Supervisão Clínico-Institucional para as equipes de Consultório na Rua (eCR) é realizado pelo Núcleo de Estudos de População em Situação de Vulnerabilidade e Saúde Mental na APS – NuPop Fiocruz Brasília, junto às equipes de todo o território nacional (Rio de Janeiro, Goiás, Santa Catarina, Alagoas, Rondônia, entre outros estados). O processo é pautado na perspectiva de construção compartilhada de conhecimento sobre o processo de trabalho das eCR e concomitante produção de autonomia das equipes. Com objetivo de qualificar o processo de trabalho dos Consultórios na Rua (eCR) e da rede local, no trabalho com a população em situação de rua. O trabalho é assinado por Fabiana Damásio, Marcelo Pedra, Stella dos Santos, Juliana Borges, Mayara de Araújo e Renata Simões. A apresentação ocorre dia 03/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala A2, das 08h30 às 10h.
REVISTA TRAÇOS – TRABALHO E RENDA COMO FERRAMENTAS DE CONSTRUÇÃO DE AUTONOMIA
A Revista Traços é uma das 125 publicações de rua do mundo. Foi lançada no DF em 2015 e no Rio de Janeiro em 2021. A Revista tem como principal objetivo promover a cultura local e a autonomia e reinserção social de pessoas em situação de rua ou em extrema vulnerabilidade. A Traços opera a construção e ampliação de autonomia da população em situação de rua, tendo o binômio trabalho e renda como ferramenta de manejo. Desde 2018, o NuPop da Fiocruz Brasília desenvolve pesquisas com a revista e este trabalho apresenta o instrumento de avaliação de autonomia do porta-voz da cultura (PVC – pessoa em situação de vulnerabilidade que atua como vendedor da revista), para o mundo do trabalho e renda. O objetivo do Instrumento de Avaliação de Autonomia é proporcionar uma avaliação de autonomia para subsidiar o trabalho realizado pela Revista Traços junto aos PVC. O trabalho é assinado por Fabiana Damásio, Marcelo Pedra, Stella dos Santos, Juliana Borges e Mayara de Araújo. A apresentação ocorre dia 03/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala E8, das 13h10 às 14h40.
POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA E SAÚDE COLETIVA: OLHARES INTERSECCIONAIS PARA A GARANTIA DE DIREITOS
Diante das necessidades impostas pela pandemia de COVID-19 para a população em situação de rua (PSR), o Núcleo de Estudos Pop Rua (NuPop/Fiocruz Brasília), os Programa de Residências Multiprofissional em APS, de Gestão em Saúde e de Medicina de Família e Comunidade (Fiocruz Brasília), as Secretarias de Saúde e Desenvolvimento Social (GDF) e as Instituições da Sociedade Civil, construíram um Plano de Ação Interinstitucional Pop Rua/DF (PAIPR), que proposto para durar 3 meses e foi organizado metodologicamente em 4 linhas de trabalho. O Plano de Ação Interinstitucional para o Atendimento da População em Situação de Rua iniciou em 2020 e encontra-se em andamento com as turmas de residência 2023. O trabalho é assinado por Fabiana Damásio, Marcelo Pedra, Stella dos Santos, Juliana Borges, Mayara de Araújo, Renata Simões e Sofia Cançado. A apresentação ocorre dia 03/11 no Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSA) – sala E8, das 08h30 às 10h.
Confira aqui a programação completa do Congresso.
Serviço:
9° Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas (CSHS)
Data: 31 de outubro a 3 de novembro
Local: Av. Prof. Moraes Rego, 1235 – Cidade Universitária, Recife – PE
Tema: “Emancipação e Saúde: decolonialidade, reparação e reconstrução crítica”
Mais informações: cshs.org.br