Circuito de Ocupação Cultural para Saúde encerra segunda etapa

Fiocruz Brasília 19 de dezembro de 2014


Projeto da Fiocruz Brasília em parceria com o Governo do Distrito Federal contribui para a recuperação dos pacientes e para melhoria da qualidade de vida dos servidores de diferentes unidades de saúde

Uma apresentação musical de voz e violão com saxofone mudou a rotina dos servidores e pacientes do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), na última quarta-feira, 17 de dezembro. Com o som suave e aveludado do sax e do violão, os músicos Kláudio Vargas e João Oswald percorreram a emergência, o ambulatório e os leitos do hospital, chamando a atenção de todos. Os dois encantaram o público com músicas motivacionais, levando alegria e emoção ao ambiente.

Os músicos também tocaram durante o almoço dos servidores. Terapeutas ocupacionais, médicos, enfermeiros e auxiliares administrativos deram uma pausa no trabalho para ouvir um pouco de música e recarregar as energias. “É diferente, agradável, fala da paz e trouxe esperança”, avalia a auxiliar administrativa Maria das Dores, 53 anos. Para ela, iniciativas como esta, voltadas para os funcionários, são importantes. “Vou voltar para o trabalho mais leve, relaxada”, conta.

Assim como Maria, a dona de casa Andrea Moraes, de 42 anos, que acompanhava o filho de 1 ano e 2 meses em uma consulta na emergência do hospital, também aprovou a iniciativa. “É um trabalho que não pode parar. Isso em um hospital renova a esperança dos pacientes e dos familiares. Traz alegria, esperança e fé”, afirmou.

O Circuito de Ocupação Cultural para Saúde tem como objetivo, por meio da cultura, trazer inúmeros benefícios, como a melhora da qualidade de vida e a promoção da saúde, além da ação terapêutica a pacientes em tratamento, trazendo bem estar, prazer físico e emocional.  O projeto resulta de parceria entre a Fiocruz Brasília, Casa Civil do DF, Secretaria de Saúde do DF (SES/DF) e Secretaria de Cultura do DF (Secult/DF).

Ao levar manifestações culturais como apresentações musicais e de teatro, leitura de cordel e oficinas para as unidades de saúde, a iniciativa pretende colaborar para a valorização, qualificação e humanização dos ambientes de cuidado, além de mostrar a importância da saúde e da qualidade de vida para os servidores e usuários.

A apresentação musical da última quarta-feira (17) encerrou a segunda etapa do projeto, realizada entre os meses de agosto e dezembro, no Hospital Materno Infantil de Brasília, Centro de Atenção Psicossocial infanto-juvenil, Hospital Psiquiátrico São Vicente de Paula de Taguatinga (região administrativa do Distrito Federal) e Fiocruz Brasília. O projeto mudou a rotina dos lugares por onde passou, resultando em benefícios para a população de diferentes estabelecimentos públicos de saúde.

Resultados
Para o cantor Kláudio Vargas, a experiência no HMIB foi um privilégio. Ele afirma que a música transmitiu motivação para as pessoas que acabam passando muito tempo dentro do hospital para acompanhar o filho ou parente doente. “Foi algo sobrenatural. Cada pessoa, cada rostinho que eu vi que está ali vivendo uma situação de dificuldade, era como se eu recebesse um prêmio. Receber o carinho deles me fortaleceu ainda mais”, ressalta. 

O saxofonista João Oswald conta que o retorno do público foi imediato e positivo. ”Algumas crianças quiseram pular no saxofone, uma menina de 3 anos pegou um pandeiro e começou a tocar junto com a gente e muitos pais choraram enquanto a gente tocava”, relata. Para ele, a experiência também foi emocionante. “Quando a gente faz esse tipo de trabalho, dá um sentido a mais para a música que a gente está fazendo. Eu fiquei muito emocionado hoje, em alguns momentos tive que segurar o choro. Para mim a mudança que a música traz é a felicidade e esperança para as pessoas”, completa o músico.

Confira mais imagens do evento –https://www.flickr.com/photos/127693305@N03/sets/72157649392344209