Pesquisadora da Fiocruz Brasília apresenta a  ciência cidadã durante o Pint of Science

Mariella de Oliveira-Costa 30 de maio de 2019


 Nathállia Gameiro 

Pesquisadora da Fiocruz Brasília participou da quarta edição brasileira de um dos maiores eventos de divulgação científica do mundo

A ciência pode ser papo de bar? O Pint of Science prova que sim. Na última semana, de 20 a 22 de maio, bares de diferentes cidades e municípios brasileiros receberam uma programação diferente, em que pesquisadores de diversas áreas do conhecimento conversaram com os frequentadores dos estabelecimentos e apresentaram seus trabalhos durante o festival do Pint of Science.

A biomédica e pesquisadora da Fiocruz Brasília Sharmila Sousa, falou sobre Ciência Cidadã, do inglês Citizen Science, em que cidadãos unem-se a pesquisadores para contribuir com pesquisas que salvam vidas e engajar-se com atividades relacionadas ao mundo da pesquisa em campos diversos como astronomia, etologia, evolução e genômica.

A principal ideia do evento é aproximar as pessoas da ciência de uma forma descontraída, sendo, atualmente, um dos maiores eventos de divulgação científica no mundo. Entre um gole e outro de cerveja, se discutem assuntos relacionados à saúde, política, alimentação, biologia, física e psicologia. A capital federal não ficou de fora, com quatro bares participantes, e os debates não se limitaram ao centro de Brasília, reunindo também pessoas para um bate papo nas regiões administrativas do Guará e Ceilândia. Entre os temas debatidos, os direitos das mulheres, alimentação saudável, ciência cidadã, política de drogas, feminicídio, obesidade, buracos negros, educação e terapia fotodinâmica anticâncer.

Em 2018, a Comissão de Divulgação Científica da Fiocruz Brasília coordenou um dos bares participantes e atraiu mais de 400 pessoas para conversar sobre Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Cidadania e Maconha Medicinal. Neste ano, 24 países receberam a iniciativa, que vem crescendo a cada ano. O Brasil teve destaque, sendo o país com maior número de debates e mobilizando mais de dois mil pesquisadores em 85 cidades de norte a sul do país.  

A iniciativa surgiu na Inglaterra em 2012, inicialmente convidando pessoas para conhecer os laboratórios dos cientistas e ver de perto o tipo de pesquisa que realizavam. No ano seguinte, a proposta buscou fazer em que os pesquisadores pudessem sair das universidades e institutos de pesquisa para conversar diretamente com as pessoas, surgindo assim o atual formato do festival. A primeira edição brasileira aconteceu em 2015, em dois bares de São Carlos, no interior de São Paulo. Saiba mais no site: www.pintofscience.com.br