Saiba como foi a concepção da exposição “Histórias que se cruzam”

Fiocruz Brasília 16 de dezembro de 2016


Há pouco mais de um mês, a equipe de comunicação da Fiocruz Brasília assumiu uma missão que, longe de ser impossível, foi no mínimo desafiadora: conceber uma atividade alusiva aos 40 anos da Fiocruz Brasília e 30 anos da 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS). Ao longo desse curto tempo, o trabalho em equipe foi imprescindível para que o resultado fosse uma exposição interativa, lúdica e criativa.

 

O coordenador da Assessoria de Comunicação da Fiocruz Brasília (Ascom) e curador da exposição, Wagner Vasconcelos, conta que há tempos pensava em fazer alguma intervenção na passarela que liga o prédio administrativo ao da Escola Fiocruz de Governo (EFG). “Quando recebemos a incumbência de falar sobre esses dois temas, pensamos que a ideia de túnel do tempo seria ideal para casarmos os assuntos, cada um ocupando um lado do espaço”, afirmou.

 

O primeiro passo foi dividir as tarefas entre a equipe. As jornalistas Nathállia Gameiro, Mariella Oliveira-Costa, Valéria Padrão e a estagiária de jornalismo, Mariana Lima, fizeram diversas buscas nos acervos de imagem e audiovisual do portal da Fundação Oswaldo Cruz, do site do Conselho Nacional de Saúde e dos jornais da época para conseguir fotos, vídeos, réplicas de documentos e depoimentos de personagens que participaram da 8ª CNS. Novos depoimentos também foram gravados com pessoas que atuaram na 8ª CNS e com ex-diretores da Fiocruz Brasília pelas jornalistas Fernanda Miranda, Valéria Padrão e Nathállia Gameiro e pelo designer e editor de vídeo, Daniel Ledra.

 

Vale ressaltar que para esse trabalho, a equipe da Ascom contou com uma rede de parceiros que foi fundamental para que tudo ficasse pronto a tempo da inauguração da exposição. A Sala de Consulta do Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) viabilizou parte do acervo visual e a Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) ajudou com a cessão de fotos da Fiocruz e com a pesquisa in loco de imagens junto à Sala de Consulta. Já a equipe da Vídeo Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (ICICT) enviou vídeos da 8ª CNS. E em Salvador, a assessoria de comunicação da Fiocruz Bahia apoiou com a gravação em vídeo do depoimento de uma ex-diretora da Fiocruz Brasília.

 

Com um rico e vasto conteúdo em mãos, chegou a hora de a coordenadora de marketing da Ascom, Ana Carolina Oliveira, juntamente com a equipe, organizar todo o acervo em ordem cronológica. “Foi como montar um enorme quebra-cabeça e eu confesso que algumas vezes tive dificuldade para achar algumas peças importantes, principalmente na exposição referente à Fiocruz Brasília, mas no final tudo deu certo e o trabalho em equipe foi imprescindível para que tenhamos alcançado o resultado esperado”, comentou.

 

Para narrar a história da 8ª CNS, foram definidas três dimensões: a que trata dos antecedentes, a conferência em si e os seus resultados. A primeira dimensão mostra os fatos e contextos que influenciaram e definiram o conteúdo da mais emblemática conferência nacional de saúde realizada no país. A segunda apresenta alguns dos momentos mais marcantes da 8ª CNS, nos dias de sua realização. Por fim, a terceira dimensão mostra a elaboração do seu relatório até as propostas contempladas na Constituição, dando origem ao SUS.

 

A história da Fiocruz Brasília também foi contada a partir de três dimensões: a político-institucional, a físico-estrutural e a afetivo-pessoal. A primeira narra o percurso institucional da Fiocruz Brasília, desde a sua criação, em 1976, como escritório de representação, até os dias de hoje, com o papel que lhe foi ratificado pelo VII Congresso Interno da Fundação Oswaldo Cruz, realizado em 2015. Na segunda, o visitante pode acompanhar a evolução física da sede da Fiocruz em Brasília, desde a utilização de uma sala na Organização Pan-Americana (Opas) e depois na Unidade II do Ministério da Saúde, até o atual conjunto de prédios no campus da Universidade de Brasília (UnB). Na dimensão afetivo-pessoal, a história da instituição é contada pelas pessoas que fazem parte da Fiocruz Brasília. São momentos que, para cada um, se tornaram marcantes em suas trajetórias pessoais na instituição.

 

Paralelo ao trabalho de busca de conteúdo, o designer Carlos Sarina elaborava a identidade visual da exposição. Na composição dos elementos gráficos, o designer utilizou as cores no tom laranja para destacar o lado da Fiocruz Brasília e azul no lado da 8ª CNS. “Optei por essas cores porque o laranja já faz parte da identidade visual da nossa instituição e o azul por ser a cor da logomarca do Sistema Único de Saúde (SUS)”, explicou. Para Sarina, trabalhar na exposição foi uma experiência desafiadora. “Esse foi um projeto grandioso, que tivemos que desenvolver em pouco tempo. Além disso, eu nunca havia trabalhado numa exposição dessa magnitude e eu acredito que esse aprendizado será válido para outros desafios”, disse.

 

Para mostrar o que a Fiocruz Brasília faz atualmente, nada melhor do que apresentar as pesquisas que a instituição desenvolve na área da saúde. A sanitarista Janayna Maia, que já atua na Comissão de Divulgação Científica da instituição, juntamente com a equipe, fez um levantamento das pesquisas e o resultado foi exibido em um monitor touch screen, de forma interativa.

 

Para Wagner Vasconcelos, foi gratificante trabalhar na exposição. “Além de pensar em um conteúdo interessante e que fosse mostrado de forma lúdica e interativa, queríamos que a nossa força de trabalho se enxergasse nessa exposição e entendesse que a Fiocruz é o que é hoje por causa do esforço coletivo de cada um que faz parte da instituição. Por isso, fiquei feliz, pois acho que a nossa equipe conseguiu alcançar esse objetivo”, avaliou.