Cecília Lopes/Nethis
Disciplina “Desenvolvimento, Desigualdades e Cooperação Internacional em Saúde” foi ofertada na modalidade semipresencial pelas duas instituições
Regulações de álcool, agrotóxico e alimentos ultraprocessados foram os temas dos três grupos que apresentaram trabalhos na disciplina compartilhada pela Escola Fiocruz de Governo, por meio do Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/Fiocruz), com o Programa de Saúde Global e Sustentabilidade da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), na manhã de terça-feira, 4 de dezembro, na Universidade.
A atividade encerra a matéria “Desenvolvimento, Desigualdades e Cooperação Internacional em Saúde” na modalidade semipresencial. “Parabenizo o esforço do Nethis em superar a burocracia e os entraves da tecnologia para fazer essa cooperação tão proveitosa”, disse o pesquisador da Fiocruz Cláudio Maierovitch, ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Maierovitch acompanhou todas as sessões, transmitidas on-line para USP, Pontifícia Universidade Católica do Paraná e universidades argentinas, que compuseram o IX Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública. Ele participou das discussões e avaliou as apresentações.
TRABALHOS – O grupo sobre regulação de álcool fez uma análise das decisões internacionais, tais como a Estratégia Global do uso Nocivo do Álcool, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a iniciativa lançada pela Organização Mundial da Saúde, o acrônimo SAFER, e as medidas de regulação brasileiras.
“Tivemos que afunilar para os municípios e escolhemos São Paulo. Percebemos que são ações muito pontuais e descontinuadas. Faltam coordenação e cooperação em diferentes níveis de governo”, encerrou o grupo.
A segunda apresentação desenvolveu uma reflexão sobre desigualdades e alimentação no Brasil, propondo uma nova moralidade: a divisão entre Estado e indústria alimentícia dos lucros e custos causados pelos ultraprocessados em provocar mortes evitáveis e sofrimento por meio das doenças crônicas não-transmissíveis.
Por fim, o grupo sobre agrotóxicos mostrou que Moçambique é um dos países considerados modelo, pois cancelou o uso de 79 pesticidas com apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Além disso, mostrou a relação entre a utilização de venenos, abelhas e o impacto na humanidade e para o meio ambiente.