Os jardins da Fiocruz Brasília e as salas de aula da Escola Fiocruz de Governo (EFG) foram ocupados, na manhã de hoje (1/5), por integrantes de diferentes redes sociais locais de Ceilândia, Gama, Guará, Planaltina, Recanto das Emas, Santa Maria, Varjão, Paranoá, Sobradinho, Estrutural, Samambaia e Taguatinga. A movimentação faz parte do II Encontro de Redes Sociais Locais do DF, que reúne 200 pessoas e será realizado na instituição até essa sexta-feira (2/5).
Recepcionados com música e com a apresentação do grupo Mímica Nosso Cotidiano – Abder Paz, de Taguatinga, os participantes foram convidados a entrarem na brincadeira do Correio Afetivo. Na ocasião, eles deveriam escrever uma mensagem para outro participante do evento, que seria entregue ao destinatário pelo carteiro do encontro. Já as bandeirolas montadas nos jardins serviram de mural para as mensagens coletivas. Mas teve também quem preferisse aguardar o início das atividades visitando a feira de artesanato ou deitado na rede, lendo ou conversando com os amigos.
Foi nesse clima de descontração que os participantes se dividiram em grupos para dialogarem sobre temas como educomunicação; bem viver do idoso; bem viver dos povos indígenas; direito à cidade, meio ambiente e agricultura urbana; direito à cidade e população em situação de rua; diversidade e gênero; homem e masculinidades; juventude; negritudes; proteção da criança e adolescente; proteção da mulher e Brasília 2030. A metodologia do encontro está seguindo os princípios da Pedagogia da Cooperação, que são: 1) Conectar, 2) Cuidar), 3) Compartilhar, 4) Confiar, 5) Co-Criar, 6) Cultivar e 7) Celebrar.
Segundo a servidora pública e integrante da Rede Social de Ceilândia, Erika dos Santos Laurindo, 32 anos, o encontro vai ser fundamental para ela conhecer a experiência das outras redes sociais. “Essa é uma oportunidade de a gente aprender com o outro e entender como as outras redes se organizam e conseguem solucionar os problemas enfrentados por elas. Também quero discutir sobre formas de eliminarmos barreiras burocráticas para alcançarmos nossos objetivos com mais rapidez e eficiência”, avaliou.
Redes Sociais Locais são ambientes colaborativos, suprapartidários, horizontais, independentes, autônomos, construtores de vínculos, afetos e solidariedade na efetivação de políticas públicas, na busca da garantia de direitos e cidadania em todo o Distrito Federal. É uma organização comunitária chamada de rede social local, que apesar de ter este nome, não é virtual, as pessoas se reúnem uma vez ao mês para dialogar sobre o território. É composta por pessoas que vivem e atuam no território, e que representam alguns serviços públicos, como: saúde, assistência social, educação, segurança, conselho tutelar, ministério público entre outros, e pessoas da sociedade civil organizada, como conselhos de saúde, projetos sociais e culturais, associações, OnGs, etc.
Visite o site do evento: http://ii-encontro-de-redes-sociais-locais-do-df.webnode.com/
Fotos: Sérgio Velho Júnior