Nayane Taniguchi
O coordenador do Núcleo de Vigilância em Saúde da Fiocruz Brasília (NEVS), médico epidemiologista Claudio Maierovitch explica, ponto a ponto, aspectos do novo coronavírus (SARS COV-2), como o surgimento da doença COVID-19, as principais características e sintomas dessa infecção respiratória, o contexto no Brasil, formas de transmissão e como evitar o contágio pelo vírus SARS COV-2. O pesquisador informa ainda sobre quais são as medidas de controle e redução importantes a serem adotadas e perspectivas acerca da produção de vacina.
Confira abaixo!
CORONAVÍRUS E O NOVO CORONAVÍRUS (SARS COV-2)
O coronavírus é um vírus entre muitos, centenas, milhares de vírus que são conhecidos, e alguns dos que causam doenças nos seres humanos. Outros causam doenças em animais, e alguns, tanto em humanos quanto em animais. Existem vários vírus que causam doenças parecidas, como as infecções respiratórias, resfriados que não são somente uma alergia. Em geral, quando temos uma doença que tem febre e sintomas respiratórios – nariz entupido, dor na garganta, tosse, espirro, às vezes falta de ar – ela pode ser causada por diversos tipos de agentes infecciosos. Boa parte desses agentes são os vírus, alguns deles, muito comuns. Todo ano falamos dos vírus de gripe, falamos da vacina contra a gripe, que protege contra alguns desses vírus de gripe, e não contra todos.
Existe um outro conjunto de vírus que têm comportamento semelhante, e alguns podem causar uma doença pior. O coronavírus é um deles. Nós já tínhamos alguns tipos de coronavírus o tempo todo entre nós. Geralmente a gente não pesquisa que vírus é que está causando uma doença a cada vez que as pessoas têm sintomas respiratórios. Então podem ser diversos, inclusive coronavírus comuns. Mas, alguns anos atrás, apareceu um primeiro coronavírus que tinha um comportamento diferente, e que também começou a se espalhar a partir da China, em 2003. Era um vírus que, além de se espalhar rapidamente, não tão rápido quanto esse agora, atingiu vários países, também em poucos meses, e causava uma doença grave. Atingiu vários países, um número total foi de mais ou menos 800, 900 casos; desses 800, 900, mais ou menos 80 morreram dessa infecção, ou seja, 1 para cada 10 morreram.
Alguns anos depois, ou melhor, vários anos depois, em 2012, apareceu um outro coronavírus que não era conhecido também, em um país do Oriente Médio, particularmente na Arábia Saudita. Se espalhou menos, mas em parte dos casos, as pessoas que tiveram esse outro vírus contraíram uma doença um pouco mais grave: mais ou menos 1 para cada 3 que tiveram essa doença do Oriente Médio morreu, ou seja, três vezes mais a letalidade do primeiro caso da China. Isso vem sendo acompanhado mundialmente, de vez em quando se identifica algum caso desse último coronavírus. O primeiro (2003) sumiu do mapa, o do Oriente Médio continua circulando, e agora, no final do ano passado (2019), a China deu um alarme, comunicou o mundo e a Organização Mundial da Saúde (OMS), e talvez tenha emitido esse comunicado para outros países e outros jornais, que havia um novo coronavírus circulando por lá, que havia muitos casos graves. Esse foi o início, então, em um momento em que o mundo começou a olhar para a China para saber o que estava acontecendo. E lá, de fato, a doença se espalhou muito rapidamente, em uma cidade grande, Wuhan, de 11 milhões de habitantes, uma região populosa, com muitas indústrias, com uma economia forte. Rapidamente milhares de pessoas tiveram essa doença, essas são as informações que têm sido acompanhadas, muita gente ficou internada, e começaram a morrer pessoas dessa doença também.
SITUAÇÃO NA CHINA E NOS DEMAIS PAÍSES
Como uma doença respiratória parecida com a gripe, boa parte das pessoas apresenta sintomas muito leves, com resfriado, um pouco de febre, tosse, algumas com o quadro menos grave e outras com o caso mais grave, que têm que ser internadas em hospital; dessas, algumas têm falecido. Rapidamente esse número de casos chegou a 3 mil, 20 mil, a dezenas de milhares de casos. De lá para cá, nós já tivemos nessa região da China (Wuhan), cerca de 90 mil casos dessa doença. A China tem um governo que está presente em todo o lugar, forte, capaz de criar ações bastante incisivas, então ela passou a isolar o lugar. Todas as formas de transporte para essa região foram cortadas, os vôos que chegam e saem dessa região foram suspensos, o transporte por ônibus e por trem também, inclusive várias estradas foram destruídas, passaram a máquina e destruíram estradas para que as pessoas não saíssem , porque a China tem mais ou menos 1,5 bilhão de habitantes, e havia o temor de que a doença que estava ali com alguma dezena de milhares se espalhasse para o país inteiro, causando uma epidemia de proporção muito maior.
Só que uma doença assim, que além de ter muitos casos que são leves e de poder ser grave, também tem muitos casos em que a pessoa tem infecção e não tem sintoma nenhum, então é impossível desconfiar daquelas pessoas que estão com a infecção. Uma doença com essas características é muito difícil de ser parada, mesmo fechando estradas e suspendendo as viagens aéreas, pois as pessoas continuam circulando de alguma forma. Antes que a doença fosse percebida como uma coisa tão grave, as pessoas continuavam circulando, isso aconteceu um pouco antes do Ano Novo chinês, que é um período do ano que as pessoas viajam muito. Na época do ano novo já tinham fechado as barreiras, mas, nos dias e semanas anteriores, muita gente viajou, este vírus se espalhou pelo mundo. Em alguns lugares apenas se constatou o vírus em pessoas que tinham chegado da China, e em outros lugares já se começou a perceber que o vírus passou a ser transmitido no próprio país.
Alguns países têm tido, cada vez mais, um número maior de casos. Nesses últimos dias, o número de casos na China tem diminuído, e nos outros países vem aumentando, principalmente e, em um primeiro momento, em países próximos à China, como o Japão, a Coreia, Singapura. Depois chegou no Oriente Médio, na Europa, nos Estados Unidos. Por enquanto, no Brasil [data da publicação: 12/3], só houve a identificação de pessoas com o vírus que tinham chegado de viagem para o exterior. E alguns desses países de fora passaram a ter um grande número de casos, como o Irã, em que o número cresceu muito rápido, inclusive com muitas mortes, também na Itália e na Coreia do Sul. O número de casos cresceu muito, e embora não tenha morrido tanta gente, não se sabe ainda dizer porque essas diferenças tão grandes. É possível que seja porque alguns países estão conseguindo atender todo mundo e ter recursos hospitalares e de unidades de terapia intensiva para atender todos, e outros não estão. A Itália, por exemplo, não é um país pobre, é uma das principais economias do mundo. Mesmo assim, aquilo que a gente ouve de colegas da Itália e na imprensa, é de que os hospitais da região norte do país estão lotados, que já falta vaga e que as pessoas ficam doente nos corredores dos hospitais. Isso traz um perigo a mais, de que, além da doença que chegou e se transmite na comunidade, dentro dos próprios serviços de saúde comece a haver transmissão.
No Brasil, por enquanto [data da publicação: 12/3], a orientação que nós temos e a lógica toda é de que é possível a chegada de pessoas do exterior trazendo o vírus. Isso já tem sido confirmado, a gente já teve até agora por volta de 40 pessoas [data da publicação: 12/3] que vieram de outros países, que chegaram com algum tipo de sintoma respiratório, fizeram o exame e tiveram confirmação para esse coronavírus. Mas, com certeza, nós temos um número muito maior que esse, de pessoas que chegaram sem sintoma algum, que podem transmitir na comunidade. Então é provável que, daqui a alguns dias, a gente não fale mais na preocupação de que a doença vai chegar, mas, sim, de que ela já está disseminada entre nós. Tem havido muitos boatos e muita preocupação, e é uma preocupação justificada. O número de pessoas que morre em relação ao número de casos desse coronavírus atual é muito menor do que os anteriores pelo que se sabe até agora, de aproximadamente 1% das pessoas que têm a doença. A gente pensa que é um número pequeno, 1 para 100. Se pensarmos em um ambiente com mais de 100 pessoas e o vírus circulando entre nós, uma ou duas pessoas infectadas não sobreviveriam. Quando pensamos na possibilidade de um número muito grande de casos, imaginamos que pode atingir milhares, dezenas de milhares, centenas de milhares de casos no país. Isso passa a ser uma preocupação grande, ainda que a gente fale de só 1% de mortes e pode representar um problema importante para nós.
CONTEXTO NO BRASIL
Nesse momento, o que acontece é que estamos saindo do verão no Brasil. É provável que, ao mesmo tempo que o vírus se espalhe, a gente comece a entrar em um período mais frio. Não há certeza quanto a isso porque o vírus só começou a ser conhecido agora, mas imagina-se que o período frio é uma época em que a transmissão é mais fácil. Isso já acontece com outros vírus que causam doenças respiratórias. Também nesse período, várias outras doenças respiratórias aumentam no país e fica mais difícil diferenciar uma doença da outra. Provavelmente, daqui a alguns dias, nós vamos começar a ver que tem casos de coronavírus transmitidos no Brasil. Do ponto de vista da pessoa, tanto faz qual vírus que ela tem, qualquer desses vírus têm comportamento parecido e não vai mudar o tratamento, pois não existe ainda nenhum remédio que combata esse vírus e que seja conhecido. Existem alguns que estão em pesquisa, estão testando medicamentos que são usados contra o vírus da Aids para ver se funciona contra o SARS COV-2, mas, por enquanto, não há nada concreto. Quem manifestar a doença pelo coronavírus de uma forma mais grave, será tratado do mesmo jeito de alguém que tiver uma gripe de uma forma mais grave. E tanto faz ela saber ou não qual é o vírus, pois o tratamento vai ser o mesmo. A importância de saber qual é o vírus é para que se possa entender o que está acontecendo no país e eventualmente tomar algumas medidas, mas não há nada de específico.
CARACTERÍSTICAS
O SARS COV-2 é um vírus novo, muito parecido com vírus antigos que já circularam e que já eram conhecidos. A doença causada por ele, para alguém que tem a doença ou até para um médico ou profissional de saúde que o examina, é idêntica a uma gripe, que pode ser grave ou pode ser menos grave. Em alguns desses casos causa pneumonia e tem sido muito mais grave em pessoas de mais idade, especialmente pessoas que têm mais de 80 anos de idade. A partir dos 50 anos de idade, vai aumentando a possibilidade de a pessoa ter uma doença mais grave, e também em pessoas que têm algum outros problemas respiratórios como bronquite, algum tipo de inflamação pulmonar, doenças cardíacas e renais. Essas pessoas estão sujeitas a ter mais problemas se tiverem infecção pelo coronavírus. Até agora, pelo menos do que é conhecido, parece que a doença não tem sido grave em crianças.
MEDIDAS DE CONTROLE E REDUÇÃO
A primeira medida que foi tomada, logo nos primeiros dias, foi de vigiar e, eventualmente, colocar em isolamento (quarentena), pessoas que chegavam dos países onde a doença já existia e que tinham sintomas respiratórios, faziam exame e apresentavam resultado positivo. Acho que todos leram ou ouviram sobre a história de uma senhora que está internada no HRAN [Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília] e está com a doença mais grave, e do marido dela que inicialmente não tinha feito o exame e que agora também está em isolamento. Qual era a preocupação e que foi a conduta adotada nesses casos? De que pessoas que chegavam com o vírus não ficassem circulando, tendo contato com outras pessoas, de forma que não pudessem transmitir. O primeiro caso que foi isolado aqui no Brasil, em São Paulo, foi de um senhor que veio da Itália e não estava com nenhum problema de saúde. Chegando da Itália teve um almoço na casa dele para 20, 30 pessoas, e depois disso ele começou a ter sintomas e foi identificado como um caso. Aí já tinha tido um contato com um monte de gente e, de fato, duas dessas pessoas, depois, foram identificadas com o vírus também. Naquele momento que todos os casos são de pessoas que estão vindo de fora, a tentativa era de separar essas pessoas para que elas não transmitissem para mais ninguém. No momento em que a gente passa a viver agora, que qualquer pessoa pode receber o vírus porque não sabe com quem tem contato, se as pessoas que encontra na escola, no metrô, no ônibus, na rua, na igreja, no show, onde for, podem ter o vírus, a preocupação é diferente, é justamente tentar diminuir a chance de que haja essa transmissão.
COMO É TRANSMITIDO O NOVO CORONAVÍRUS
Os vírus respiratórios ficam alojados no nosso sistema respiratório (boca, nariz, garganta, traqueia, pulmões) e, dependendo da gravidade, mais nos pulmões. Quando a gente fala, espirra, tosse, o vírus é carregado em gotículas muito pequenas de água. Essas gotinhas que a gente elimina podem atingir até um metro de distância, então a distância até um metro é a que as pessoas podem se contaminar diretamente se estiverem perto de alguém que tem o vírus. Além de poder chegar diretamente nas pessoas, essas gotinhas podem ainda ficar no ar por cerca de meia hora, e depois podem ir para superfícies, em mesas, objetos, computadores, teclados. As pessoas que toquem nessas superfícies podem se contaminar com esse vírus. Em geral, todos nós colocamos a mão no rosto centenas de vezes por dia, sem perceber. A gente coça os olhos, nariz, mexe na boca, quem tem, mexe na barba, e o tempo todo a gente faz isso. Depois a gente encontra o colega e cumprimenta, abraça, beija. Esta é a forma mais direta de se passar o vírus: a secreção fica na pele e passa para outra pessoa, e a outra pessoa também coça o olho, o nariz, a boca, e este vírus entra por essas portas no organismo, podendo gerar uma nova infecção. Também esses objetos aonde o vírus ficou depositado também podem ser fontes de transmissão da doença.
COMO EVITAR O NOVO CORONAVÍRUS
Em primeiro lugar, mantendo alguma distância, sempre que possível, das pessoas em geral. Nós, brasileiros, diferentemente até de outros povos do mundo que são mais frios e distantes, encostamos muito uns nos outros. Uma boa medida é evitar o contato físico. Já estão se espalhando, inclusive, as novas formas de cumprimentos sem ter que tocar a mão do outro (em geral a mão é o lugar mais contaminado do corpo e a mão é o que vai no rosto). O cumprimento com o cotovelo tem sentido porque ninguém consegue encostar o cotovelo no nariz. Então este é um cuidado: evitar contato tão próximo com pessoas, muito mais com quem está doente e tem sintoma, e mais ainda com quem tem alguma fragilidade, com as pessoas mais idosas, que têm doença respiratória, ou que estão em tratamento para o câncer, Aids, doenças reumatológicas, que tomam remédios continuamente que podem diminuir a sua imunidade, as defesas do organismo. Temos que nos preocupar em proteger essas pessoas, que normalmente são as que mais abraçam. A gente tem que tomar esse cuidado, é algo simples, por mais nobre que seja e tão arraigado em cada um. Sabendo disso também, é muito importante que a gente lave as mãos o tempo todo. Não há limite máximo para o número de vezes de se lavar as mãos, mas, no mínimo, quando a gente chega da rua, depois que tivemos contato com várias pessoas, antes e depois de almoçar, se tiver algum tipo de sintoma e antes de manipular alimentos que vão ser consumidos por outras pessoas.
Quando não der para lavar as mãos o tempo todo, usar álcool 70%, o famoso álcool em gel, que é eficaz para matar o vírus também. Água e sabão são eficazes, água sem sabão não é muito, e o álcool também é eficaz. Para as superfícies, em geral a maior parte dos desinfetantes que são usados na limpeza doméstica e nas empresas também são eficazes para matar o vírus; os desinfetantes a base de cloro ou aqueles a base de amônia, amoníaco, entre outros, funcionam bem para matar o vírus que pode estar nas superfícies.
São todos esses cuidados para diminuir a chance de passar a doença de um para o outro e pegar a doença nos lugares públicos. Se puder, evitar lugares com aglomeração, e isso vale para qualquer doença respiratória. Vale para coronavírus, resfriado, gripe, sarampo e para várias outras doenças.
VACINAS
É verdade que se tem pesquisado sobre vacinas contra esse vírus, até quem já vinha pesquisando contra os vírus “parentes” desse, tentando adaptar o que já se fez antes para esse vírus, mas temos que lembrar como se faz para conseguir uma vacina nova. Tem uma fase inicial, que as pessoas costumam fala que demora três meses para ter uma vacina pronta. Só que essa vacina pronta está pronta dentro do laboratório. Essa vacina para poder ser usada tem que ser testada primeiro. Eu tenho que saber que essa vacina é segura, ou seja, que ela não causa problemas, eventualmente até piores que os da doença, e eu tenho que saber que ela funciona. Isso exige uma série de testes, primeiro em laboratório, depois em um número pequeno de pessoas para ver se elas não têm problemas porque tomaram a vacina, depois em um número um pouco maior para ver se o organismo produz anticorpos, se as defesas são ativadas por essa vacina, e depois um número maior ainda, comparando pessoas que tomaram vacina e as pessoas que não tomaram vacina para ver quem dessas pessoas ficou doente e quem não ficou doente. Não dá para dizer que se terá uma vacina daqui a três meses e nem este ano (2020), e acredito que nem no ano que vem. Para esse momento que estamos enfrentando agora, nós não teremos vacina. Nós temos que pensar nas outras medidas e nos outros cuidados, como eu disse antes. Não tem nenhum medicamento específico e ainda não tem nenhum medicamento para prevenção da doença. Não adianta ficar tomando vitamina, chás, etc., ainda que o chá seja sempre bom para hidratar e para uma série de finalidades, não há nenhuma ação contra o vírus e que vai melhorar as defesas do organismo, exceto em situações muito específicas, como em alguém desnutrido, em que a pessoa precisa se alimentar melhor para melhorar. Neste campo de medicamentos e vacinas, não está a ferramenta mágica que vai poder ajudar nessa crise. Parte disso se refere à prevenção, a essa prevenção e cuidados diz respeito a todos, para não se transmitir a doença de uma pessoa para outra.
ATUAÇÃO FIOCRUZ E DE SEUS TRABALHADORES
A Fiocruz tem um papel muito importante em relação ao que está acontecendo, tem responsabilidade própria, como instituição, de trabalhar junto com o Ministério em várias áreas, desde laboratórios, fornecendo os materiais para laboratórios, nos hospitais localizados no campus do Rio de Janeiro, nos seus ambulatórios, locais de atendimento. A Fiocruz fabrica vacinas, ensina, pesquisa e apoia o Ministério da Saúde e Secretarias na condução da sua política na área de saúde. Mas tem também uma responsabilidade interna, ou seja, cada um de nós aqui, além de atuar na Fiocruz, é um cidadão que interage com a sociedade e que é visto, em geral, como uma fonte de informação para os familiares, para os colegas, amigos, inclusive, por ser identificado com a Fiocruz.
Temos, ao máximo, que tentar transmitir informações, tirar as dúvidas que existem, buscar saber o que as pessoas estão falando fora da Fiocruz, nas comunidades mais diversas que cada um de nós têm contato, inclusive para poder dirigir e repensar o trabalho da instituição.