Gabriel Maia / PSAT
O Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT) da Fiocruz Brasília realizou, no último domingo (14), um curso livre focado na saúde das mulheres e suas interseccionalidades no Assentamento Ana Primavesi, em Brazlândia. A atividade, que teve duração de oito horas, foi ministrada pelas colaboradoras do programa, Francyslane Vitória da Silva, Luiza Garcia e Camila Gomes.
A programação teve início pela manhã com a abertura da plenária por Sandra Cantanhede, que fez uma apresentação inicial do curso e apresentou a equipe que desenvolveria as atividades ao longo do dia. O primeiro momento da atividade consistiu na construção de um mapa do território, que visou compreender os processos de saúde e doenças impactados pelos modos de vida dos assentados. Em seguida, Camila forneceu um contexto histórico das lutas das mulheres pela conquista de seus direitos, destacando a importância de cada etapa até os dias atuais.
Após o almoço, o foco da tarde foi voltado para a discussão sobre os diferentes tipos de violência contra a mulher e os ciclos de violência. Foram abordadas as dificuldades enfrentadas por muitas mulheres para sair desses ciclos, devido a fatores como dependência financeira e emocional, medo, julgamento da família e da sociedade, além da esperança de mudança do agressor.
O curso proporcionou trocas e partilhas de saberes, com o objetivo de transformar a realidade de violência nos territórios a partir da perspectiva das interseccionalidades entre as mulheres. Esta atividade faz parte de um ciclo de formação sobre promoção e vigilância em saúde, ambiente e trabalho, focado na saúde das mulheres e suas interseccionalidades. O intuito é capacitar os participantes como multiplicadores no campo da Promoção e Vigilância da Saúde.
“Há uma importância de saber o que é violência e como se dá o ciclo da violência, o que contribui na luta e na proteção dos direitos das mulheres de modo a fortalecer e estimular a conscientização de direitos e a busca pelo bem-estar”, mencionou Francyslane.
O evento destacou a importância de iniciativas que busquem fortalecer o diálogo local sob a perspectiva da saúde e suas interdisciplinaridades, visando à conscientização e à mobilização da comunidade em prol da saúde e do bem-estar das mulheres.