No momento em que esta entrevista era produzida, cerca de 40,5 milhões de doses de vacina contra Covid-19 já haviam sido aplicadas no Brasil, consideradas as vacinas Oxford-AstraZeneca-Fiocruz e Coronavac-Butantan (a entrevista foi feita antes do início da aplicação da vacina Pfizer). No DF, esse número era em torno de 670 mil. As vacinas contra Covid-19 são um bem precioso, porém ainda escasso, e que tem gerado algumas dúvidas e questionamentos.
Para compreender as tecnologias por trás dessas vacinas, sua segurança e eficácia, a coluna “Fala aê, pesquisador” conversou com o médico infectologista e doutor em epidemiologia Sérgio de Andrade Nishioka, pesquisador associado ao Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde (NEVS) da Fiocruz Brasília. Professor aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Sérgio já foi coordenador geral de Pesquisa Clínica e de Doenças Transmissíveis no Ministério da Saúde, e trabalhou com avaliação clínica de vacinas na Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nesta entrevista, o pesquisador comenta alguns aspectos da vacinação que ainda precisam ser estudados mais profundamente, ao mesmo tempo em que argumenta por que os benefícios já comprovados das vacinas superam – em muito – as possíveis reações adversas. Sérgio esclarece os mecanismos conhecidos da proteção conferida pelas vacinas, e por que as chamadas medidas de proteção não farmacológicas – como uso da máscara, higiene das mãos e distanciamento social – devem ser mantidas mesmo por aquelas pessoas que já receberam suas duas doses. Se eu me vacinar, não terei Covid-19? Quem já teve Covid-19 deve se vacinar? Existe alguma contraindicação? As respostas a estas e outras perguntas você encontra a seguir.
Como funciona a vacina Oxford-AstraZeneca-Fiocruz? E a Coronavac-Butantan?
Sérgio Nishioka: São vacinas que usam plataformas tecnológicas diferentes. A vacina Coronavac-Butantan é uma vacina de vírus inativado e contém um adjuvante, ingrediente usado para aumentar a produção de anticorpos de quem é vacinado. A vacina Oxford-AstraZeneca-Fiocruz utiliza um adenovírus (de chimpanzé) geneticamente modificado. A partir dessa tecnologia, uma pequena parte do material genético do novo coronavírus (SARS-CoV-2) entra nas células humanas e dá instruções para que elas fabriquem uma proteína que estimula a produção de anticorpos contra o vírus da Covid-19. A modificação no adenovírus faz com que ele seja não replicante, de modo que ele não pode causar doença nem ser transmitido para outra pessoa.
Que outras vacinas utilizam essas mesmas tecnologias?
Sérgio Nishioka: Há outras vacinas de vírus inativados contra Covid-19, mas ainda não disponíveis no Brasil. Além delas, vacinas contra a influenza (gripe), hepatite A, uma das vacinas da poliomielite e a vacina contra a raiva também são vacinas de vírus inativados. No caso da plataforma de vetores virais não replicantes, além da vacina Oxford-AstraZeneca-Fiocruz, há outras vacinas contra Covid-19 que utilizam essa tecnologia: a vacina da Janssen, com um adenovírus humano chamado Ad26; a vacina da companhia chinesa CanSino, com o adenovírus humano Ad5; e a vacina da companhia russa Gamaleya, com o Ad26 e o Ad5. Antes delas, só existia uma vacina dessa plataforma tecnológica aprovada no mundo, fabricada pela Janssen com o Ad26, mas de uso muito restrito: uma vacina contra ebola, febre hemorrágica que ocorre em algumas partes da África Ocidental.
Qual a eficácia de cada vacina?
Sérgio Nishioka: De acordo com resultados de estudos clínicos já publicados, a vacina Coronavac-Butantan mostrou uma eficácia um pouco acima de 50% contra casos sintomáticos de Covid-19, enquanto a vacina Oxford-AstraZeneca-Fiocruz mostrou eficácia em torno ou maior que 60%, dependendo da forma de cálculo. Em ambas as vacinas, a proteção foi consideravelmente mais alta contra formas mais graves da doença, inclusive hospitalização e morte.
Se eu me vacinar, não terei Covid-19?
Sérgio Nishioka: Nenhuma vacina dá garantia de proteção total para todas as pessoas vacinadas. Isso vale para todas as vacinas, não só para as vacinas contra Covid-19. Mesmo as vacinas contra Covid-19 cujos ensaios clínicos mostraram uma eficácia de cerca de 95%, após dois ou três meses de acompanhamento, não se sabe se esse nível de proteção se manterá ao longo do tempo.
Mesmo se eu me vacinar, posso transmitir o vírus para outras pessoas?
Sérgio Nishioka: Os ensaios clínicos que estão sendo conduzidos para avaliar as vacinas têm tido o objetivo de estimar se elas protegem contra a doença (Covid-19) e não contra a infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). A proteção contra a infecção está ainda sendo estudada para algumas dessas vacinas. Para efeitos práticos, deve-se considerar que pessoas vacinadas podem se infectar pelo SARS-CoV-2 e podem transmitir o vírus para outras pessoas.
As vacinas Oxford-AstraZeneca-Fiocruz e Coronavac-Butantan são seguras?
Sérgio Nishioka: Pessoas que receberam essas vacinas durante estudos clínicos apresentaram algumas reações, como dor no local da injeção, febre e dor no corpo. Uma pequena proporção de pessoas vacinadas pode apresentar reações alérgicas, e uma proporção ainda menor pode apresentar eventos adversos mais graves. Nesses casos, contudo, nem sempre se consegue demonstrar uma relação causal com a vacina. Algumas reações adversas são tão raras que não são detectadas na fase de desenvolvimento clínico das vacinas, e só se dá conta de sua existência quando essas vacinas passam a ser utilizadas em nível populacional, numa escala muito maior. É o caso de certas tromboses que têm sido relatadas em associação temporal com o uso da vacina Oxford-AstraZeneca-Fiocruz, mas são casos muito raros. Para ambas as vacinas, considera-se que o benefício de utilizá-las – a prevenção da Covid-19, principalmente das formas graves da doença – supera, em muito, os riscos de reações adversas.
Mesmo tendo sido desenvolvidas em tempo recorde, a população pode confiar nessas vacinas?
Sérgio Nishioka: O fato de várias vacinas contra Covid-19 terem sido desenvolvidas em tempo recorde se deu, em parte, pela sobreposição de fases de estudos clínicos. Usualmente, essas fases seriam feitas de forma sequencial, com o início de uma só ocorrendo após o término da outra. As vacinas que estão sendo aprovadas para uso emergencial são com base em acompanhamento relativamente curto. Mesmo com essa limitação, o benefício da proteção que elas têm demonstrado supera os riscos, o que é uma condição necessária para sua aprovação. É necessário, contudo, que, após a autorização, haja uma vigilância de uso contínua quanto à sua segurança, o que tem sido exigido pelas autoridades reguladoras que aprovam essas vacinas.
Quando é necessário notificar um efeito adverso? E como é feita essa notificação?
Sérgio Nishioka: Qualquer evento adverso pós-vacinação (EAPV) pode ser notificado, mas existe interesse, sobretudo, nos EAPV graves, raros e inesperados, além dos chamados eventos adversos de interesse especial (EAIE), que são eventos adversos graves ou não graves que causam preocupação do ponto de vista científico e médico, e que requerem mais investigação para sua caracterização. O interesse nesses EAPV, em particular, se justifica pela necessidade de melhor conhecer o perfil de segurança das vacinas após sua aprovação para uso na população, passada a fase de investigação clínica, na qual o perfil de segurança é determinado inicialmente. Os EAPV dizem respeito ao que acontece com o paciente após ser vacinado e, portanto, eles têm associação temporal com a vacinação, mas não necessariamente relação causal com a vacina. Existem também as chamadas queixas técnicas, que dizem respeito à qualidade do produto em si, e não ao seu efeito no paciente. As notificações de EAPV são feitas por profissionais de saúde por meio do e-SUS Notifica. Profissionais de saúde devem notificar queixas técnicas à Anvisa por meio do Notivisa. Pessoas que se vacinaram e apresentaram qualquer sintoma que elas suspeitem ser devido à vacinação devem informar a um profissional de saúde, ou podem entrar em contato com o fabricante da vacina que receberam e preencher um formulário relatando o evento. No caso da vacina Oxford-AstraZeneca-Fiocruz, isso pode ser feito pelo link https://eapv.bio.fiocruz.br; no caso da vacina Coronavac-Butantan, pelo link https://vacinacovid.butantan.gov.br/farmacovigilancia/contato.
Existe alguma contraindicação às vacinas?
Sérgio Nishioka: Uma contraindicação propriamente dita seria alergia à vacina em questão, quando a pessoa já foi exposta a ela ou a qualquer um dos seus componentes. Há situações nas quais a vacina pode não estar indicada temporariamente: por exemplo, enquanto não existem estudos que avaliem seu uso em uma determinada faixa etária ou durante a gravidez.
Grávidas devem se vacinar contra Covid-19? E mulheres amamentando? E crianças e adolescentes?
Sérgio Nishioka: Para nenhum desses grupos existem estudos com as duas vacinas contra Covid-19 em uso no Brasil. No caso de crianças e adolescentes, considera-se que eles não devem ser vacinados, já que o benefício dessas vacinas nessa faixa etária não justificaria o seu uso, na ausência de evidências de que elas funcionem e sejam seguras. No caso de gestantes, sabe-se hoje que elas têm risco maior do que a população geral de ocorrência de formas graves de Covid-19, risco esse que aumenta ainda mais se elas tiverem alguma doença associada, como diabetes, hipertensão arterial ou obesidade. Há também alguns relatos na literatura de mortalidade de recém-nascidos associada a comprometimento da placenta pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Além disso, há grávidas que têm exposição alta ao coronavírus por sua atividade profissional. Por tudo isso, a tendência atual é de se recomendar a vacinação de gestantes contra Covid-19. Uma informação adicional é que estudos em animais de laboratório sugerem que as vacinas contra Covid-19 em uso não apresentam toxicidade reprodutiva. Não existem dados quanto à segurança das vacinas Oxford-AstraZeneca-Fiocruz e Coronavac-Butantan para mulheres que estejam amamentando ou em crianças em aleitamento materno. Como são vacinas de vírus inativados e de vetores não replicantes, é muito improvável que a amamentação represente um risco para a criança, caso a mãe tenha sido vacinada. Mulheres que estejam amamentando e que pertençam a qualquer grupo para o qual a vacina contra Covid-19 esteja sendo aplicada devem ser vacinadas. A Organização Mundial da Saúde não recomenda interrupção do aleitamento materno se a mulher for vacinada.
Pessoas com doenças autoimunes ou que fazem uso de medicamentos imunossupressores podem tomar vacina contra Covid-19?
Sérgio Nishioka: Não há estudos que documentem a segurança do uso dessas vacinas em pessoas com esses agravos de saúde. Portanto, é prudente que elas consultem os seus médicos antes de se vacinar. No processo de tomada de decisão, sempre deverá ser pesado o benefício de se vacinar contra o risco que pode estar associado à vacina. Pessoas em uso de imunossupressores podem ter uma resposta à vacinação inferior à de pessoas que não estão sob o efeito desses medicamentos, mas esse não costuma ser motivo para que pessoas em uso de imunossupressores não sejam vacinadas. Do ponto de vista da segurança, não seria de se esperar que o uso de vacinas de vírus inativados e de vetores não replicantes representasse problema para imunodeprimidos. No caso de pessoas com doenças autoimunes, deve-se avaliar o risco teórico de agravamento dessas doenças desencadeado pela vacina. Isso deve ser avaliado caso a caso e, na ausência de estudos clínicos conclusivos, deve pesar a avaliação do médico do paciente.
Posso tomar a vacina de gripe e a de Covid-19 ao mesmo tempo?
Sérgio Nishioka: É provável que a vacina da gripe utilizada no Brasil pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), que é uma vacina de vírus inativados, possa ser coadministrada tanto com a vacina Oxford-AstraZeneca-Fiocruz como com a Coronavac-Butantan. Porém, ainda não há estudos comprovando isso. Por esse motivo, por precaução, recomenda-se que seja respeitado um intervalo de 14 dias entre o uso da vacina da gripe e de qualquer uma das vacinas contra Covid-19.
Posso tomar a vacina de Covid-19 junto com outras vacinas?
Sérgio Nishioka: Como ainda não há estudos comprovando que as vacinas Oxford-AstraZeneca-Fiocruz e Coronavac-Butantan possam ser coadministradas com qualquer outra vacina, recomenda-se, por precaução, que seja respeitado um intervalo de 14 dias entre uma das vacinas contra Covid-19 e qualquer outra vacina. Porém, se uma pessoa recebeu uma dose de uma vacina contra Covid-19 há menos de 14 dias e existe indicação de uso imediato de outra vacina – por exemplo, uma pessoa que tenha sido mordida por um animal e necessite da vacina contra raiva -, nesse caso, recomenda-se que a outra vacina seja administrada, desconsiderando-se a orientação de respeitar os 14 dias de intervalo.
Quem já teve Covid-19 deve se vacinar? E quem está com a infecção pelo vírus SARS-CoV-2, com ou sem sintomas, deve se vacinar?
Sérgio Nishioka: Há evidências concretas – casos documentados com análises feitas em laboratório – de pessoas que tiveram mais de um episódio de Covid-19, o que sugere que um episódio dessa doença não confere proteção duradoura. Portanto, recomenda-se que mesmo quem já teve Covid-19 deve ser vacinado, e vacinado com o mesmo número de doses preconizado para qualquer outra pessoa. Já no caso de indivíduos na fase aguda da Covid-19, com ou sem sintomas, não há evidência de qualquer benefício de eles serem vacinados nessa fase. E ainda existe a possibilidade de a pessoa vacinada desenvolver alguma reação adversa à vacina, como febre e dor no corpo, sintomas que podem se somar aos da doença e confundir o manuseio clínico do paciente. Além disso, indivíduos com Covid-19 devem cumprir o tempo recomendado de quarentena, sem expor outras pessoas ao risco de contaminação, o que aconteceria se eles fossem a um posto de vacinação. Dessa forma, a pessoa deve se vacinar, mas somente após a recuperação clínica total e cumprido o prazo de quarentena.
Por que aplicar duas doses? O que acontece se a pessoa tomar apenas uma dose? O que acontece se a pessoa tomar a segunda dose antes ou depois da data indicada? Posso tomar uma dose da vacina Oxford-AstraZeneca-Fiocruz e outra dose da vacina Coronavac-Butantan?
Sérgio Nishioka: O número de doses e o intervalo de tempo entre as doses, quando mais de uma, são determinados na fase de estudos clínicos de cada vacina. Quando se define que duas doses são necessárias, é porque se demonstrou que esse número de doses confere proteção superior a uma única dose, o que ocorre nos casos das vacinas Oxford-AstraZeneca-Fiocruz e Coronavac-Butantan. Tomar a segunda dose da vacina antes ou depois da data prevista não é recomendado, mas, se ocorrer inadvertidamente, não se recomenda que a pessoa receba dose adicional da vacina em nenhuma das situações. O uso sequencial de uma dose de uma dessas vacinas e outra dose da outra vacina não foi estudado e não é recomendado no presente.
Quanto tempo depois de tomar a vacina ela faz efeito?
Sérgio Nishioka: Depende do que se entenda por fazer efeito. A resposta imune da pessoa vacinada começa logo após à vacinação, mas a produção de anticorpos neutralizantes e a resposta imunológica celular demoram vários dias até atingir um nível suficiente para levar à proteção. Dependendo da vacina, isso pode ocorrer somente depois de uma segunda dose. No caso das vacinas Oxford-AstraZeneca-Fiocruz e Coronavac-Butantan, considera-se que a proteção foi atingida duas semanas após a segunda dose.
Quanto tempo dura a proteção conferida pelas vacinas?
Sérgio Nishioka: Por enquanto, não se sabe quanto dura a proteção conferida pelas vacinas Oxford-AstraZeneca-Fiocruz e Coronavac-Butantan, nem por nenhuma outra vacina contra Covid-19, porque os estudos disponíveis só avaliaram essas vacinas durante poucos meses após a imunização estar completa (duas doses para ambas).
O intervalo entre a primeira e a segunda dose da Oxford-Astrazeneca-Fiocruz é de três meses (maior que o da Coronavac-Butantan). O que isso significa? Como o intervalo é maior, a pessoa fica menos protegida?
Sérgio Nishioka: O intervalo recomendado entre as doses de cada uma dessas vacinas foi avaliado pelos ensaios clínicos realizados com elas. No caso da vacina Coronavac-Butantan, foram estudados intervalos de 14 e 28 dias, sendo que os melhores resultados, em termos de produção de anticorpos, são observados quando o intervalo é maior. Já a vacina Oxford-AstraZeneca-Fiocruz mostrou, nos estudos com ela realizados, um efeito protetor quando o intervalo entre as duas doses é de quatro a 12 semanas, sendo maior a proteção quando o intervalo é de oito a 12 semanas. No caso da vacina Oxford-AstraZeneca-Fiocruz, uma única dose da vacina já confere alguma proteção, embora menor do que a atingida quando são administradas duas doses, mas a pessoa vacinada não fica totalmente desprotegida no intervalo de 12 semanas entre a primeira e a segunda dose.
Existe alguma justificativa para preferir uma vacina à outra? Existe alguma condição que justifique optar por uma vacina e não por outra?
Sérgio Nishioka: No caso das duas vacinas contra Covid-19 disponíveis no momento no Brasil, não se pode afirmar que uma é superior à outra em termos de efetividade. Só o tempo dirá se há alguma diferença entre elas nesse sentido. Ambas são vacinas consideradas seguras. A questão de se optar por uma em relação à outra só está clara no caso de pessoas que são sabidamente alérgicas a uma das vacinas, que, então, devem optar pela outra.
Por que, mesmo após a vacinação, a pessoa deve continuar com as medidas de proteção não farmacológicas, como uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social?
Sérgio Nishioka: Porque nenhuma das vacinas confere proteção total (de 100%), de forma que mesmo pessoas vacinadas podem adquirir Covid-19 e até apresentar formas graves da doença. A probabilidade de isso acontecer é bem baixa em comparação com pessoas não vacinadas, mas ela existe. Outro motivo importante é que não se sabe ao certo se as pessoas vacinadas estão protegidas contra a infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), e é muito provável que pelo menos parte delas não esteja. Assim, uma pessoa vacinada poderia se infectar pelo vírus sem apresentar sintomas, e transmiti-lo para outras pessoas com quem tiver contato. Essa transmissão seria facilitada se a pessoa não adotasse as medidas de proteção não farmacológicas.
Por que a pessoa que recusa se vacinar coloca em risco a saúde coletiva?
Sérgio Nishioka: Porque ela está correndo o risco de se infectar pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e, desenvolvendo ou não a doença (Covid-19), pode transmitir o vírus para outras pessoas.
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