Fiocruz Brasília apresenta pesquisa sobre a cobertura midiática em vigilância sanitária

Nathállia Gameiro 4 de dezembro de 2019


 

Dados orientarão a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na definição de ações estratégicas e atuação da Comunicação da instituição

 

Nayane Taniguchi

 

De que forma a comunicação em saúde  pode colaborar para a tomada de decisões de gestores? Como a pesquisa pode auxiliar ações de comunicação e contribuir para melhor compreensão dos jornalistas e da sociedade acerca da sua própria saúde? Como o campo da comunicação em saúde enriquece reflexões sobre a cobertura midiática e a produção de sentidos sobre a saúde? Na tarde desta segunda-feira (2/12), a Fiocruz Brasília apresentou, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os resultados da pesquisa Saúde na Mídia: análise das narrativas midiáticas sobre a Anvisa a partir da investigação da cobertura da imprensa no ano de 2018, realizada pela Assessoria de Comunicação (Ascom) da instituição

 

O coordenador da Ascom da Fiocruz Brasília, Wagner Vasconcelos, ressaltou o empenho da equipe, resultante de um esforço de mais de 21 meses de trabalho. Conforme Vasconcelos, a pesquisa levou em consideração as necessidades apontadas pelos comunicadores da Anvisa, “e que informações seriam importantes obter, a partir de um olhar mais crítico e metodologicamente sistematizado, do trabalho realizado pela imprensa relacionado à cobertura de temas sobre a vigilância sanitária”.

 

A pesquisa, que teve entre os objetivos analisar a cobertura da mídia sobre temas e campos de atuação relacionados à Anvisa de forma a colaborar com a tomada de decisão dos gestores da Agência em relação às ações e estratégias de comunicação, foi realizada a partir do mapeamento e categorização da cobertura da imprensa sobre a Anvisa no ano de 2018. O estudo descreveu os principais temas de vigilância sanitária abordados pela imprensa em 2018 e apoiar a Agência quanto à elaboração de estratégicas de comunicação a partir dos resultados observados na investigação. “A pesquisa se desenvolve dentro de um contexto de Comunicação em Saúde, que vê a Comunicação como estratégica para as instituições e para a sociedade. Essa importância se revela, principalmente, em duas dimensões: na gestão e na sociedade”, afirmou.

 

A coordenadora da Ascom da Anvisa, Isabel Raupp, ressaltou a importância do estudo como orientador das ações e planejamento da Assessoria. “O nosso plano de comunicação para 2020 levou em consideração os dados desta pesquisa da Fiocruz Brasília”, ressaltou. 

 

Os dados da pesquisa foram apresentados pela pesquisadora Mariella de Oliveira-Costa, que juntamente com a pesquisadora Nayane Taniguchi  e  Wagner Vasconcelos, foram os responsáveis pela investigação, que compõem o Observatório Saúde na Mídia – Regional DF . Ao longo de 2018, foram coletados 1629 textos na mídia que fazem menção à Anvisa, capturados em ferramenta de clipagem, resultando em 84 dias de coleta e 12 semanas completas de amostra, a partir da metodologia de análise de conteúdo. A maior parte do total de textos têm como origem veículos online. A maioria das publicações têm origem em meios de comunicação regionais e entre os temas de atuação da Anvisa mais abordados nas publicações, ocupam os primeiros lugares Regulação, Registro e Autorizações e Fiscalização e Monitoramento. Acerca dos assuntos, medicamentos e farmacopeia foram os mais divulgados pela imprensa em 2018. Durante a apresentação, Mariella ressaltou que a amostra representa uma tendência de cobertura da imprensa sobre assuntos da vigilância em saúde, que pode orientar a Anvisa acerca da sua atuação junto à imprensa para que a Agência tenha mais visibilidade e espaço nos meios de comunicação, visto que a Anvisa é procurada pelos jornalistas em menos da metade das publicações e é  foco em menos de um terço de todos os textos.

 

A coordenadora de Programas e Projetos da Fiocruz Brasília (CPP), Daniela Pereira, também  apresentou resultados da parceria entre Anvisa e Fiocruz Brasília, que resultou em  mais de 16 cursos ofertados, com participação de 1,3 mil profissionais de saúde. Foram produzidos mais cerca de 140 pareceres técnicos e 20 outros estudos, relacionados à avaliação de tecnologias saúde, econômicos e de Big Data, além de boletins e informes técnicos, guias e manuais.

 

Acesse aqui o relatório com os resultados da pesquisa.

 

Clique aqui para acessar as fotos da atividade, produzidas por Sérgio Velho Jr.