Com informações da Agência Senado

A Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH) iniciou nesta segunda-feira (27) um ciclo de audiências públicas sobre a fome no país. O objetivo das audiências é subsidiar o Senado com dados técnicos e atuar em parceria com o governo. Na primeira reunião, crescimento econômico e valorização do salário mínimo foram citados como soluções para o problema.

Participaram do debate representantes do governo, pesquisadores e ativistas. Eles destacaram a estimativa de que há no Brasil cerca de 33 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar. E que o Brasil voltou ao Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU).

O pesquisador Eduardo Nilson, do Programa de Alimentação, Nutrição e Saúde (Palin) da Fiocruz Brasília participou do debate e falou sobre o histórico da insegurança alimentar e nutricional no Brasil e as políticas existentes. “A questão da fome e segurança alimentar e nutricional tem uma relação direta com os direitos humanos”, ressaltou.

A retomada do crescimento econômico foi defendida como uma das soluções, já que a estagnação vivida pelo país nos últimos anos impulsionou os índices de pobreza e miséria. Henrique Salles Pinto, consultor legislativo do Senado, ressaltou que a saída do Brasil do Mapa da Fome em 2014 ocorreu após pelo menos uma década de crescimento econômico sustentável, associado a políticas sociais e de redistribuição de renda.

A audiência contou ainda com a participação da representante do Ministério da Saúde, Maria del Carmen Bisi Molina; do representante no Brasil do World Food Programme (WFP), organização vinculada à ONU, Osiyallê Akanni Silva Rodrigues; e do coordenador de Pesquisas por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A gravação da audiência pública está disponível no YouTube da TV Senado.

Fotos: Geraldo Magela/Agência Senado