Mariella de Oliveira-Costa
A união entre a arte e a saúde pode aproximar as instituições científicas da população. E a Fiocruz Brasília está produzindo um filme para, a partir da celebração do dia nacional da saúde em 5 de agosto, conectar a realidade brasileira durante a pandemia à história de Oswaldo Cruz. A data foi escolhida no país pois coincide com o aniversário do patrono da Fundação Oswaldo Cruz, considerado um dos principais profissionais de saúde no combate às epidemias.
O filme vai trazer um diálogo entre passado e presente, com trechos das cartas de Oswaldo Cruz redigidas no início do século passado e frases que remetam às ações da Fiocruz no ensino, na pesquisa, e na assistência à saúde, combatendo a peste bubônica, a febre amarela, a varíola, a gripe espanhola, a doença de chagas, a dengue, a zika, e mais recentemente, a covid-19.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, participou das gravações na Fiocruz Brasília, em 3 de agosto. Ela ressaltou que o audiovisual une questões importantes da saúde pública: a sensibilidade da crise sanitária devido à pandemia e a história dos 120 anos da Fiocruz no combate às emergências em saúde pública.
O coordenador do Núcleo de Eventos da Fiocruz Brasília, Paulo Rocha, explicou que, para as gravações, foram mantidos todos os critérios de segurança sanitária e distanciamento social dos trabalhadores em atividade presencial na instituição. Também foram utilizados vídeos enviados pelos que estão em trabalho remoto.
O filme tem direção do professor e pesquisador de Artes Cênicas da Universidade de Brasília, Hugo Rodas. É a primeira vez que ele trabalha com a Fiocruz. Rodas espera que, passada a pandemia, possa fazer intervenções artísticas nos ambientes físicos da instituição.
A diretora da Escola de Governo Fiocruz – Brasília, Luciana Sepúlveda, ressaltou que a arte é uma forma de se construir conhecimento, e suas diferentes expressões podem tocar e mobilizar as pessoas. Segundo ela, o trabalho de ensino e aprendizagem desenvolvido na Escola está sempre associado às necessidades dos territórios do DF e deve agregar linguagens diferenciadas, como o audiovisual.
A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, destacou o papel dos trabalhadores da saúde, que vêm se dedicando ao enfrentamento da pandemia. Ela acredita que o filme será importante para homenagear também as famílias dos mortos pela pandemia de covid-19.
O filme será lançado até o fim de agosto nos canais oficiais da Fiocruz Brasília.