Fiocruz Brasília promove oficina para criação de Memória Institucional

Adrielly Reis 13 de novembro de 2024


Se a história é como um mosaico formado por fatos, no qual cada espectador ocular empresta o que viu, ouviu e percebeu para ajudar a contar a narrativa dos acontecimentos, assim também foi a proposta da Fiocruz Brasília, por meio do Núcleo de Memória Institucional, que reuniu os pesquisadores 60+ em uma roda de conversa baseada nos métodos de história oral, na última quinta-feira (7/11).

 

O Núcleo é uma iniciativa de celebração dos 48 anos da Fiocruz Brasília, e visa fortalecer e preservar a memória viva da instituição. Durante a ação, os pesquisadores – alguns deles, amigos de longa data – puderam compartilhar de memórias do início da unidade da Fiocruz na capital federal, relembraram momentos emocionantes que também renderam boas risadas.

 

Em um enredo em que histórias se cruzam, a pesquisadora Celina Roitman, ex-diretora da Fiocruz Brasília, relembrou a época em que foi convidada a compor o quadro da instituição como assessora da Presidência, nos idos de 1994. “A nossa relação não era meramente burocrática, criamos laços de amizade”, relembra Roitman, que ajudou a introduzir os primeiros programas voltados à ciência e à tecnologia na unidade.

 

A roda de conversa, orientada pela museóloga Monique Magaldi, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), foi uma oportunidade de troca, celebração e reflexão sobre anos de dedicação à ciência, à tecnologia, à inovação, à educação em saúde e, principalmente, ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Para a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, a memória institucional vai além do seu próprio objetivo e da instalação do Núcleo, extrapola a atuação da Fiocruz Brasília para além do Distrito Federal, reforçando o seu papel para o país como unidade de vanguarda e que está em constante construção.

 

“As camadas de conhecimento, saberes e práticas são tecidas ao longo de um tempo, que é cronológico, mas também é político, simbólico, subjetivo, é de cada um de nós. Por isso, estamos aqui e seguiremos adiante, escrevendo muitas páginas da história da nossa unidade, colaborando com o futuro do sistema público de saúde de forma muito mais efetiva”, assinalou Damásio.

 

Participaram da Oficina de Memória Institucional os pesquisadores: Armando Martinho Bardol Raggio, Celina Roitman, Cláudio Moretti, Clodoaldo Rodrigues Pinheiro, Denise Oliveira e Silva, Fabíola de Aguiar Nunes, Francisco Campos, Gerson Penna, José Agenor Álvares da Silva, José Francisco Nogueira Paranaguá de Santana, Lenita Nicolleti, Luciana Sepúlveda, Luiz Lobo, Maria Célia Delduque, Paulo Curi, Regina Padrão e Wagner Martins.

 

A próxima fase do Núcleo de Memória Institucional contemplará entrevistas individuais e mais aprofundadas, até março de 2025.

 

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