A Fiocruz Brasília recebeu na última segunda-feira (21/8), representantes do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Depros/SAPS/MS) para oficina de consolidação de parceria entre a pasta e a unidades de Brasília, Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco da Fundação.
A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, participou da atividade que sistematizou ferramentas e tecnologias, a partir da expertise da Fiocruz, para ampliar o alcance da Política Nacional da Promoção da Saúde na Atenção Primária à Saúde em todo o país. A atividade foi coordenada pela pesquisadora Adriana Castro, que coordena a Promoção da Saúde, da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz. Para ela, a promoção da saúde assume o lugar de fazer o SUS conversar de maneira intersetorial com as outras políticas e de ampliar o entendimento do trabalhador e gestor do SUS de que olhar para o território e para a vida das pessoas de maneira mais ampla é o que vai, de fato, produzir saúde e ampliar o pensamento de cuidado integral que inclua a promoção da saúde.
“O maior ganho da Fiocruz é quando conseguimos trabalhar de forma integrada as várias unidades técnicas, que conhecem e estão no território. Não podemos falar do processo do SUS e Política de Promoção da Saúde sem falar do processo de territorialização. Estar com uma representação que possa olhar para o território nacional de maneira diferente vai fazer toda a diferença na pactuação e execução nos nossos compromissos com o Depros, pois coloca na cena essa articulação local, inclusive com as universidades locais. Foi um excelente primeiro passo para a gente conseguir fazer a diferença no campo da promoção da saúde no SUS”, disse.
O diretor do Depros, Andrey Lemos, explicou que pretende qualificar ainda mais os processos de trabalho focados nas ações e programas de promoção da saúde fazendo com que a Política Nacional seja enraizada, saúde alcance cada vez mais gestores, trabalhadores e usuários. Para ele, essa parceria pode, de fato, garantir mais efetividade no âmbito de implementar o documento no conjunto dos municípios brasileiros, entendendo a diversidade presente nos territórios e a necessidade de pensar a política de forma intersetorial e transversal.
“Queremos cuidar melhor da população brasileira, prevenir mais e mais doenças, garantir o bem viver e ampliar o conceito de cuidado, para que as pessoas se entendam cuidadas a partir também dos saberes e práticas tradicionais presentes no território, entendendo que os movimentos sociais e a gestão participativa também são importantes nessa agenda e que a gente pode reorientar, reformular e refletir sobre os processos de trabalho hoje presentes na atenção primária do nosso país. Entender as diferentes demandas e multiculturalidades presentes nos territórios amplia o cuidado da nossa população”, afirmou. Andrey destacou ainda o papel da Fiocruz na pesquisa e fomento de ciência, de pensar e refletir sobre a realidade em saúde no Brasil e, a partir desse lugar, oferecer caminhos, estratégias e ferramentas para poder fortalecer a presença e a potência que o SUS tem de cuidar da população brasileira.