Heloisa Caixeta
Teve início na manhã desta quinta-feira (16/6) a Hackathona do Campo à Cidade, iniciativa que integra a Feira de Soluções para a Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). A proposta da Hackathona é estimular o desenvolvimento de protótipos aplicáveis à realidade da agricultura familiar no Brasil para o incremento de soluções digitais, com vistas ao desenvolvimento territorial saudável, sustentável e solidário.
As equipes participantes deverão responder até sábado (18/6) ao seguinte desafio: “Como unir as produções camponesas com o consumidor urbano, com base na interação digital para fluir a mercadoria?”.
Durante a abertura da Hackathona, os participantes puderam entender mais sobre a proposta do evento. “Essa é uma perspectiva de tornar o campo uma unidade de produção conectada, usando tecnologias digitais para aumentar a capacidade de produção e distribuição, além da melhoria da qualidade dos produtos. A proposta é que vocês encontrem soluções para reduzir as distâncias e ampliar a capacidade de que a agricultura familiar contribua com a saúde da população”, afirmou Wagner Martins, coordenador do Colaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade (CTIS) da Fiocruz Brasília.
O enfrentamento da pandemia de Covid-19 e suas consequências também é um dos temas que podem ser abordados nas propostas de soluções digitais da Hackathona, que recebeu mais de 10 inscrições. “Nós trabalhamos com o conceito de saúde ampliado. Saúde não é só assistência; saúde é vida. Saúde, portanto, depende da produção de alimentos saudáveis; depende também de um consumo saudável. A parceria da Fiocruz com a Contag tem esse sentido. No enfrentamento da Covid-19, nos deparamos com a necessidade de um tripé que sustentasse a saúde com empatia, colaboração e solidariedade. Sem isso, é muito difícil”, acrescentou Martins.
Os participantes têm até o dia 18 de junho (sábado) para concluir o desafio. Após o envio das propostas, cada equipe poderá expor sua ideia em um pitch, momento de 5 minutos para apresentação pública. Fabio Ortiz, analista de informação da Ailos – Sistema de Cooperativa de Crédito, fez uma exposição para ajudar as equipes nessa etapa. “Um pitch bem feito pode não salvar uma ideia ruim, mas um pitch ruim pode derrubar uma ideia ótima”, ressaltou. “Pitch é uma forma rápida e impactante de prender a atenção da audiência quando a gente conta a história de um negócio; significa trazer todo esse entendimento de forma ágil e clara”, explicou Ortiz.
Ao final do processo, a Hackathona do Campo à Cidade irá premiar uma equipe com R$ 20 mil em bolsa de pesquisa para incubação da ideia na incubadora sociotécnica do Colaboratório CTIS e desenvolvimento do projeto.
A Hackathona do Campo à Cidade é uma iniciativa da 5ª Feira de Soluções para a Saúde, que ocorre de hoje (16/6) até domingo (19/6) no Centro de Convenções de Natal (RN), como parte da I Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Fenafes).