Nos dias 12 e 13 de maio, a Fiocruz Brasília sediou a Conferência Livre Nacional de Educação Popular em Saúde (EPS). Promovida por diversas organizações e movimentos sociais, o evento teve como lema “Os Inéditos Viáveis para o Brasil que Queremos – a EPS na defesa da vida, do SUS e da democracia”. O objetivo era discutir e formular propostas em torno de quatro eixos da Saúde: gestão participativa; formação; cuidado; e participação e controle social. No contexto de construção da 17ª Conferência Nacional de Saúde, a programação buscou fortalecer estratégias e ações para o efetivo resgate da Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS), no sentido de um SUS cada vez mais participativo, equânime e universal. “A PNEPS é um compromisso com o SUS e com a melhoria dos indicadores de saúde do país”, definiu Osvaldo Bonetti, coordenador da Residência Multiprofissional em Atenção Básica da Fiocruz Brasília.
Na avaliação de Bonetti, os grupos de trabalho realizados durante a Conferência Livre foram muito potentes e resultaram na construção de uma variedade de propostas. “Toda essa produção coletiva é matéria-prima para a nossa luta e a nossa caminhada. Um processo que contribui para o controle social se organizar e se fortalecer”, afirmou. Parte dessas propostas será sistematizada e encaminhada para compor a pauta de discussões da 17ª Conferência Nacional de Saúde. Outro resultado da Conferência Livre foi a definição de delegados e suplementes para representarem a EPS na Conferência Nacional, que ocorrerá de 2 a 5 de julho. Além do compromisso com a EPS, diversidade regional, de gênero e raça/cor foram critérios utilizados na escolha da delegação eleita.
“Educação, cultura e saúde: com a reunião desses três pilares, conseguimos congregar a diversidade para construir um bem viver comum. Não podemos mais conceber uma educação que carrega violências simbólicas e nega as diferenças culturais e sua riqueza”, sublinhou a diretora da Escola de Governo Fiocruz – Brasília, Luciana Sepúlveda, que anunciou a criação, na Escola, de um Núcleo de Educação Popular em Saúde e Participação Social.
Já o secretário executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa, também presente na abertura da Conferência Livre, comentou a retomada do Comitê Nacional de Educação em Saúde. “Algo possível em função dos novos tempos do Brasil. Definitivamente no Ministério da Saúde saem o negacionismo e o autoritarismo, e entram a ciência e a democracia. Esse é o recado da união e da reconstrução que a gente internaliza dentro do Ministério, onde a EPS tem papel de destaque”, disse.
Partes da programação da Conferência Livre foram transmitidas pelo canal da Fiocruz Brasília no YouTube.
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