Em sua primeira avaliação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) após turma formada, o Mestrado em Políticas Públicas em Saúde da Escola de Governo Fiocruz-Brasília recebeu nota 4 para o quadriênio 2017 a 2020.

Com uma trajetória recente e de apenas sete anos de atuação, o Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúde da Fiocruz Brasília passou de 3 para o conceito 4. O resultado é fruto de empenho e comprometimento de discentes, docentes e trabalhadores da unidade. O Mestrado foi implantado em 2015 e reconhecido pelo Ministério da Educação em janeiro de 2016, com a primeira turma formada no ano seguinte.

“A nota representa uma grande conquista decorrente do esforço coletivo de toda a comunidade da Escola de Governo Fiocruz-Brasília, que vem se dedicando de forma primorosa para a consolidação de um projeto agregador que contribui para as ações de fortalecimento das políticas públicas em saúde. Este resultado nos anima para seguirmos assumindo outros desafios importantes de aprimoramento das ofertas e organização do doutorado”, ressaltou a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio.

Para ela, o Mestrado Profissional articula o campo de atuação dos trabalhadores e viabiliza uma reflexão crítica sobre os contextos de trabalho e como, a partir da pós-graduação, é possível pensar em novas estratégias para implementação e fortalecimento das políticas públicas sociais e de saúde, focadas na melhoria dos serviços, dos procedimentos e das condições de vida das pessoas.

A avaliação, feita a cada quatro anos, busca assegurar e manter a qualidade dos cursos de Mestrado e Doutorado no país. A Capes analisa, com notas de 3 a 7, indicadores qualitativos e quantitativos, como a proposta do Programa, funcionamento, estrutura e planejamento, corpo docente, produção intelectual e técnica, impacto gerado pela formação de recursos humanos e pela produção de conhecimento, além da inserção social.

A diretora executiva da Escola de Governo Fiocruz-Brasília (EGF-Brasília), Luciana Sepúlveda, explica que o Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúde da Fiocruz Brasília foi um projeto institucional, construído como eixo catalisador das atividades de pesquisa e educação da unidade, onde os trabalhadores puderam refletir sobre o propósito da pós-graduação. Ela define o Programa como parte da identidade da instituição e destaca que a proposição do curso de Mestrado Profissional perpassa pelo entendimento de que a vocação educativa da unidade, à época, estava voltada para a resolução de problemas e a qualificação de gestores e trabalhadores engajados com as políticas públicas sociais, em particular o SUS.

A EGF-Brasília teve dois pontos bem avaliados: a qualidade e pertinência do perfil docente à proposta do Programa e o impacto social. O preenchimento das exigências de qualificação acadêmica, a larga experiência na gestão de políticas públicas em nível federal, regional ou local e o desenvolvimento de inúmeros projetos em parceria com atores do SUS, agências multilaterais e de outros setores que contribuem para a saúde são os diferenciais do corpo docente apontados pela diretora executiva da EGF-Brasília e que contribuíram para a boa avaliação do indicador.

“O corpo docente é multidisciplinar, o que enriquece as perspectivas diante das questões complexas trazidas pelos estudantes. Além disso, a experiência e pesquisa estão diretamente relacionadas com as expectativas dos discentes, que são trabalhadores do SUS ou de outras políticas sociais, em sua maioria”, destaca. 

Para a diretora da instituição, ter docentes cujas trajetórias foram marcadas pela passagem pela gestão pública, permite uma integração entre o meio acadêmico e os desafios que se apresentam nos campos de atuação – sejam municipais, estaduais ou federais. “É uma contribuição mais efetiva, ganha notoriedade e capacidade de pensar de forma mais crítica a realidade”, completa Fabiana Damásio.

Na Fiocruz Brasília, a produção científica ultrapassa os muros e chega à comunidade, aspecto também avaliado pela Capes. Para Luciana, o impacto social do Programa foi bastante reconhecido na primeira avaliação pela capacidade de ampliar o número de vagas ofertadas, pela flexibilidade em atender a necessidades com ofertas em consórcio e em parceria com outras unidades da Fiocruz, construindo respostas às necessidades de formação, e promover a conexão entre o stricto e o latu sensu; e ainda por abordar políticas e temas relacionados às situações de vulnerabilidade de populações específicas diante do acesso a direitos, com responsabilidade de atuação territorial.

“O impacto social foi também referendado pela natureza inovadora da produção intelectual docente e discente, bem como pela inserção profissional de seus egressos, sugerindo a possibilidade do Programa de fato atuar em transformações positivas junto às políticas públicas sociais”, explica.

Para Luciana Sepúlveda, a nota 4 abre a possibilidade de construir novos projetos relativos à pós-graduação, como a proposta de um doutorado profissional e de mestrado na modalidade EAD. “O aumento da nota do mestrado representa a afirmação de grande esforço coletivo. Um sentimento muito bom de que nossa aposta inicial foi correta e que necessita, agora, ser revisitada na perspectiva de um processo continuado de avaliação formativa e de planejamento, pensando nosso papel como instituição formadora diante dos desafios sociais, tecnológicos e sanitários atuais e de cenários de futuro”, conclui a diretora executiva.

O Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúde da Fiocruz Brasília atualmente oferece o Mestrado Profissional em Políticas Públicas em Saúde, com duas linhas de pesquisas: Saúde e Justiça Social e Vigilância e Gestão em Saúde. As coordenadoras do Programa, Roberta de Freitas e Érica Tatiane da Silva, comemoram e destacam que o reconhecimento pela comunidade científica fortalece a Fiocruz Brasília como um todo e traduz a qualidade dos profissionais do SUS formados pela EGF-Brasília e o aperfeiçoamento do trabalho que vem sendo realizado desde 2015. “Os egressos são as pessoas que fazem essas políticas, então buscamos melhorar e aperfeiçoar o Programa. Ele já é importante para o centro-oeste e queremos que vire referência para o Brasil e o mundo, além de uma instituição de excelência na formação para a construção de políticas públicas em saúde”, ressalta Roberta.

Para o ex-coordenador do Mestrado Profissional, Jorge Barreto, esse é o reconhecimento da qualidade do curso, das dissertações, do corpo discente e de todos os outros elementos avaliados. “Iniciamos com a nota padrão 3 e em pouco tempo, ainda na primeira avaliação, o nosso curso passa a ser recomendado com a nota 4. Ficamos muito satisfeitos, é o reconhecimento do que já foi feito, mas também a abertura de novas oportunidades. Vamos continuar avançando no planejamento de um doutorado”, afirma.

Clique aqui para saber mais sobre o Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúde da Fiocruz Brasília. Em breve uma nova chamada pública será divulgada em nosso site e nas nossas mídias sociais para formação da turma de 2023 do Mestrado Profissional em Políticas Públicas em Saúde. 

ProfSaúde
O Mestrado Profissional em Saúde da Família em Rede Nacional (ProfSaúde) também conquistou a nota 4 já na primeira avaliação. O curso é oferecido por uma rede nacional constituída de 26 instituições públicas de ensino superior lideradas pela Fiocruz e foi apresentado à Capes em 2016. Voltado para profissionais da atenção primária, as turmas são compostas por médicos, dentistas e enfermeiros de todo o Brasil. A capacitação atua em todas as regiões brasileiras e busca atender a expansão da graduação e pós-graduação no país e a educação permanente de profissionais de saúde com base na consolidação de conhecimentos relacionados à Atenção Primária em Saúde, à Gestão em Saúde e à Educação. Atualmente, 7 alunos do Distrito Federal participam do Mestrado, todos trabalhadores do SUS. 


Para a coordenadora do polo da Fiocruz Brasília, Kellen Gasque, esse é o resultado do trabalho de uma equipe consolidada formada por professores, pesquisadores e estudantes, que trouxeram demandas dos territórios e situações que queriam melhorar. “Foi uma troca, é a qualificação dos trabalhadores e a consolidação do SUS e das instituições de educação a distância. Para nós foi muito importante o reconhecimento e representou ainda a valorização da educação a distancia como metodologia que pode qualificar com excelência os profissionais de saúde”, ressalta. 

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