Debater os desafios que perpassam o processo de ensino-aprendizagem foi o foco do primeiro Encontro de Docentes e Comunidade Fiocruz de 2025, da Escola de Governo Fiocruz-Brasília (EGF), realizado nesta terça-feira, 18/2, no prédio da Escola. O evento abordou a Saúde Mental em Foco: diálogos e reflexões, e foi conduzido pela psicóloga do Centro de Apoio ao Discente (CAD/CGE/VPEIC) da Fiocruz Marianna Araújo da Silva.
Evasão escolar, casos de assédio moral e sexual, racismo, capacitismo, neurodivergências, pessoas com deficiência (PCD), falta de alinhamento de perfil dos discentes e critérios de seleção dos editais, bem como questões de saúde mental, como ansiedade, diferenças geracionais, métodos de ensino e didática dos professores foram algumas das dificuldades elencadas durante o bate-papo.
“Quando falamos em formação, é preciso falar sobre a saúde do docente e do discente. E não tem como abordar saúde sem falar do processo de trabalho do professor, que envolve docência, pesquisa e orientação aos alunos”, destacou Marianna.
Reconhecer as limitações da atuação do professor e da instituição de ensino também foram pontos recorrentes nas falas dos participantes.
“O nosso objetivo com o Encontro foi abordar também o adoecimento e cansaço que o docente vai acumulando ao longo do período, oriundo dos múltiplos papeis que exerce como professor, pesquisador, orientador e, às vezes, gestor”, afirmou a diretora da EGF-Brasília, Luciana Sepúlveda, que complementou: “queremos construir uma Escola promotora de saúde, um espaço do bem viver e não de adoecimento”.
No intuito de oferecer um acolhimento com ainda mais qualidade, a EGF-Brasília elaborou um Plano Estudantil Singular para atender às necessidades dos alunos neurodivergentes e PCD, que será implementado neste ano letivo. Em 2024, 12 atendimentos a alunos foram registrados pela Assessoria Pedagógica, alguns com encaminhamento ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), inclusive.
“O Plano está alinhado aos editais e valores da Escola, e será aplicado em conjunto com a Assessoria Pedagógica, o docente e o discente. Dessa forma, vamos poder acompanhar com mais qualidade toda a permanência do aluno”, sublinhou a assessora pedagógica da EGF-Brasília, Regina Padrão.
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