Heloísa Caixeta (CTIS/Fiocruz Brasília)
A Fiocruz Brasília lançou, em abril, o Programa de Incubação de Soluções Sociotécnicas (PISS), com o objetivo de acelerar a transformação digital, ativar o ecossistema de inovação em saúde digital, além de impulsionar o desenvolvimento de pesquisas aplicadas e inovações que contribuam para a melhoria da saúde da população brasileira e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). O programa será desenvolvido pelo Colaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade (CTIS) da Fiocruz Brasília, em parceria com diversas instituições públicas e privadas, como a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF).
O PISS oferecerá apoio logístico, gerencial e tecnológico para iniciativas inovadoras que tenham como foco a saúde. As iniciativas poderão se beneficiar de espaços físicos, mentoria especializada e acesso a redes sociotécnicas. O programa está alinhado com as diretrizes da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) e da Política de Inovação da Fiocruz. A proposta é desenvolver soluções digitais sociais e territoriais.
A incubadora conta com o apoio de equipe técnica especializada na legislação de Ciência, Tecnologia e Inovação. Os responsáveis se encarregam de desenvolver os processos de aceleração das soluções digitais ou sociais propostas por startups, grupos ou movimentos sociais para atender as necessidades das políticas públicas, especialmente do SUS.
Dentre as ações do PISS, estão o apoio a iniciativas de fomento, capacitação e promoção científico-tecnológicas; a criação de ambientes de inovação em políticas públicas e saúde; a organização e gestão de processos de incubação de empresas e projetos inovadores; o apoio à busca de recursos financeiros para pesquisa, desenvolvimento e inovação; e a promoção do desenvolvimento e divulgação de inovações sociais.
As iniciativas científico-tecnológicas que podem ser incubadas pelo PISS incluem o desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos para a saúde; a implementação de soluções inovadoras para problemas de saúde pública; o aprimoramento de sistemas de informação e comunicação em saúde; e o desenvolvimento de ferramentas e tecnologias para o ensino e a pesquisa em saúde.
Iniciativas incubadas
As 21 soluções propostas nas hackatonas vigentes já estão incubadas no PISS. São soluções digitais para o enfrentamento de crises sanitárias e seus efeitos diretos ou secundários, como na Covid-19.
O Fundo de Resiliência Solidária (FRS) também está incubado no PISS e visa o apoio técnico para o fortalecimento da capacidade operacional, científica, tecnológica e administrativa da Associação do Fundo de Resiliência Solidária para atuação como entidade de fomento a ações de desenvolvimento, economia solidária e implementação de tecnociências sociais.
Além disso, as Casas de Acolhimento LGBTQIA+ selecionadas no edital para fortalecimento destes centros, lançado com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) também estarão contempladas no Programa.
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