Acre e Fiocruz capacitam profissionais para enfrentamento da leptospirose

Fiocruz Brasília 16 de maio de 2024


Em Cruzeiro do Sul (AC), a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), a Fiocruz, por meio do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e da Fiocruz Brasília, e outros órgãos públicos realizaram, entre os dias 13 e 15 de maio, uma oficina de formação de agentes e pesquisadores populares de saúde. A atividade teve a finalidade de capacitar profissionais da área da saúde e de entidades públicas educacionais para enfrentamento da leptospirose na região do Juruá. A Fiocruz Brasília participou por meio da equipe do Colaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade, coordenado pelo pesquisador Wagner Martins.

 

A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada leptospira, presente na urina de ratos e outros animais, transmitida ao homem especialmente em períodos de inundações. O Acre é o 3º estado com maior índice da doença, com a maior parte dos casos concentrada em Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Os sintomas mais frequentes são parecidos com os de outras doenças, como gripe e dengue. Os principais são: febre, dor de cabeça e dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. O tratamento da enfermidade é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados. Para o controle da leptospirose, são necessárias medidas ligadas ao meio ambiente, incluindo obras de saneamento básico, melhorias nas habitações humanas e combate aos ratos.

 

“Baseando-nos em pesquisas científicas, estamos utilizando tecnologia social para construirmos o expresso Lepto, que visa a mapear e identificar portadores da doença e outras peculiaridades. O projeto se dividirá em módulos. Começamos com os profissionais de saúde, apontando as especificidades deste território; no segundo semestre, realizaremos a conversa com a sociedade”, afirmou o pesquisador Roberto Ferreira, do IOC/Fiocruz. “Esta atividade é muito importante para melhorar nossa qualificação e, consequentemente, reduzir a incidência e agravos da doença em nossa região. A Sesacre e demais órgãos de saúde vêm desenvolvendo um importante trabalho de prevenção e controle dessas zoonoses no Juruá”, afirmou a enfermeira Sheila Andrade, do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei).

 

Com informações da Agência de Notícias do Acre

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