Projetos de acolhimento a pessoas LGBTQIA+ são iniciados

Fiocruz Brasília 19 de junho de 2024


Gustavo Amaral (Fiotec)


A Fiotec iniciou em junho a assinatura de contratos com as primeiras 12 instituições selecionadas no Programa Acolher +, iniciativa criada para fortalecer casas de acolhimento que atendem pessoas LGBTQIA+. A parceria entre Fiocruz Brasília e Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) garante o repasse de R$ 120 mil para cada um desses projetos.

A gestão desses recursos é feita pela Fiotec, que atua em contato direto com as organizações selecionadas no Programa, as orientando sobre os aspectos técnicos necessários para a execução correta dos projetos. Os termos de acordo firmados neste mês têm validade de um ano. A chamada pública do Programa Acolher + teve abrangência nacional, selecionando casas de acolhimento do Rio Grande do Sul, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Pernambuco, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Alagoas e Amazonas.

Em 15 de maio, o I Encontro Nacional de Casas de Acolhimento LGBTQIA+, realizado em Brasília/DF, marcou a assinatura do documento que assegura o repasse de R$ 1,4 milhão as 12 casas de acolhimento. Além das presenças de Fabiana Damásio, diretora da Fiocruz Brasília, Indianarae Siqueira, presidente da Rede de Casas de Acolhimento LGBTQIA+, Rita Cristina de Oliveira e Symmy Larrat, respectivamente ministra substituta e secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ do MDHC, Yonara Silva, Rômulo Carvalho e Cristianfari Alles representaram a Fiotec no evento. A coordenadora e analistas de Projetos da fundação de apoio, comandaram uma apresentação com as principais orientações para execução dos recursos, sinalizando pontos sensíveis no edital e esclarecendo dúvidas dos representantes das organizações.

Conheça algumas das casas de acolhimento selecionadas no Programa Acolher +:

Outra Casa Coletiva
Sediada em Fortaleza, capital do Ceará, a organização acolhe jovens LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social por abandono parental, violência ou vítimas da precarização das condições de manutenção da vida em decorrência da LGBTfobia.

Seu programa de acolhimento, hoje, fornece abrigo físico a 10 pessoas e acolhe outras 80 externamente. Já são quatro anos de atuação acolhendo pessoas do Ceará e vindas de outros oito estados.

Casa Miga
A organização é uma das poucas casas de acolhimento na América Latina a atender refugiados e migrantes LGBTQIA+, situada em Manaus/AM. Desde 2018 a Casa Miga já acolheu mais de 400 pessoas, além de oferecer assistência à comunidade com mais de 390 beneficiários.

Essa assistência garante alimentação, apoio médico e psicológico, orientações sociais e jurídicas, além de cursos profissionalizantes.

Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade (Gold)
A associação de Vitória, no Espírito Santo, atende também municípios vizinhos à capital capixaba. São oferecidos atendimento psicológico e de assistência social, além de atividades culturais e cursos profissionalizantes.

Com quase 20 anos de atuação junto à população LGBTQIA+, a demanda mais recorrente enfrentada pela Gold é a de moradia. Hoje, a organização trabalha na reforma de um antigo imóvel doado que será o lar de ainda mais pessoas acolhidas.

 

 

LEIA TAMBÉM