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#JaneiroRoxo: luta contra a hanseníase

Adrielly Reis 22 de janeiro de 2025


No próximo domingo (26/01), será celebrado o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase. A data, instituída pela Lei nº 12.135/2009, é comemorada sempre no último domingo de janeiro, com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância das medidas de prevenção e controle da doença, além de alertar para aspectos frequentemente negligenciados em seu diagnóstico e tratamento.

 

A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade, com registros que datam do século VI a.C. Atualmente, cerca de 210 mil novos casos são diagnosticados anualmente no mundo, sendo 15 mil desses em crianças. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a doença é encontrada em 127 países, com 80% dos casos concentrados na Índia, no Brasil e na Indonésia.

 

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que, aproximadamente, 30 mil novos casos sejam detectados a cada ano. Esse número é alarmante e exige uma resposta eficaz, que depende não apenas da implementação de políticas públicas mais eficazes, mas também da conscientização individual. Cada pessoa deve estar atenta aos sinais e sintomas da doença e buscar orientação médica imediatamente ao identificar qualquer indício suspeito.

 

A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis, ou seja, com maior probabilidade de adoecer. A forma de eliminação do bacilo pelo doente são as vias aéreas superiores (por meio do espirro ou tosse), e não pelos objetos utilizados pelo paciente. Também é necessário um contato próximo e prolongado. 

 

O paciente que está sendo tratado deixa de transmitir a doença, cujo período de incubação pode levar de três a cinco anos. A maioria das pessoas que entram em contato com estes bacilos não desenvolve a enfermidade. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito e acompanhamento da hanseníase em unidades básicas de saúde e em unidades de referência especializadas, proporcionando acesso a cuidados essenciais para o controle da doença.

 

Podhans 

“Eu me amo, eu me cuido”: é um podcast dirigido, especialmente, para pessoas acometidas pela hanseníase, mas que traz informações que podem e devem ser compartilhadas com todo mundo! Ele é inspirado na Caderneta de Saúde da Pessoa Acometida pela Hanseníase, produzida pelo Ministério da Saúde. O podcast foi desenvolvido pela enfermeira Fernanda Cassiano, a dona da voz que você vai ouvir nos episódios disponíveis aqui. Durante o Mestrado Profissional em Políticas Públicas em Saúde da Escola de Governo Fiocruz-Brasília, Fernanda conversou sobre a Caderneta com usuários do ambulatório de hanseníase do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Destas conversas, nasceu o podcast, que reforça a importância de dialogar mais sobre a doença.

 

Atuação da Fiocruz 

O Laboratório de Hanseníase do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) atua na geração de conhecimentos sobre a hanseníase e outras microbacterioses, promovendo a integração entre as áreas de pesquisa e assistência. Dedica-se à expansão da pesquisa clínica e epidemiológica em hanseníase, com foco na identificação de fatores de risco de adoecimento, na avaliação dos esquemas terapêuticos e da presença de mutações relacionadas à resistência aos medicamentos utilizados no tratamento. Além disso, atua na investigação clínica das lesões neurológicas nos mecanismos patogênicos da neuropatia periférica da hanseníase.

 

O Laboratório está inserido no Programa Nacional de Controle da Hanseníase do Ministério da Saúde e é responsável pelo Ambulatório Souza Araújo, prestando atividades de referência para o SUS.

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