Sim! Em pleno 2025 ainda é preciso falar, e cada vez mais, sobre essas duas pautas: machismo e racismo. E foi justamente essa a proposta do Café com as Marias, evento organizado pelo Coletivo Pró-Equidade (Pequi) da Fiocruz Brasília. O encontro, alusivo ao Dia Internacional da Mulher (8) e ao Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial (21), reuniu as trabalhadoras e os trabalhadores da instituição em uma roda de conversa, na última segunda-feira (24).
Em letras garrafais, dois cartazes estampavam os dizeres reflexivos: Por que enfrentar o machismo e racismo na Fiocruz e na sociedade? No que alguns participantes fizeram o uso da palavra para tentar responder. O termo que mais se ouviu foi RESPEITO.
A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, reiterou que o momento do Café fosse não apenas de debate, mas de defesa da existência de todos. “Que possamos enxergar as possibilidades para suplantar as dificuldades que vivenciamos no ambiente de trabalho e fora dele no cotidiano, de como podemos construir relações de respeito. Que as nossas ações sejam permanentes para sustentar a equidade que a gente tanto fala, luta e defende dentro da nossa instituição”, ponderou.
“As nossas diferenças não podem nos tornar desiguais e, principalmente, não podem ser motivo para sofrermos discriminação e preconceito na sociedade”, afirmou Socorro Souza, coordenadora do Coletivo Pequi.
Para Mauricéia Santana, do Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho (Psat/Fiocruz Brasília), o machismo segue uma estrutura profunda, na qual os padrões vão sendo reproduzidos. “É preciso romper com a dependência financeira e emocional, e é importante que se esteja atento para prestar apoio a quem precisa sair de uma relação abusiva, doentia”, pontuou.
O pesquisador da Fiocruz Brasília, Andrey Lemos, integrante do Coletivo Pequi, chamou atenção para o fato de que a discriminação racial e a violência contra a mulher são responsabilidades de todos, não somente da vítima. “Cada vez que a gente vir uma situação de preconceito, uma mulher ser violentada, uma pessoa LGBTQIA+ ou com deficiência ser discriminada e excluída, que possamos ficar indignados, porque isso não é responsabilidade só de quem sofre, mas de todos, principalmente de nós, trabalhadores da saúde, da educação e da ciência”, sublinhou.
Participaram também do Café com as Marias a diretora da Escola de Governo Fiocruz-Brasília, Luciana Sepúlveda; e como convidadas: Luciana Lindemberg, da Associação dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc); Agna Cruz, do Coletivo de Mulheres com Deficiência do DF; e Nathália Vasconcellos, da Rede Trans Brasil, que compartilharam suas experiências. O evento contou, ainda, com a apresentação artística das Mulheres Sambadeiras de Roda.
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