Política Nacional de Educação Popular em Saúde no SUS  

Fiocruz Brasília 30 de novembro de 2023


Coordenação de Comunicação Social (CCS)

 

Os dez anos da criação da Política Nacional de Educação Popular em Saúde no SUS (PNEPS-SUS) foram pauta do Conselho Deliberativo da Fiocruz, em 23 de novembro.  Os pesquisadores Osvaldo Bonetti, da Fiocruz Brasília, e Grasiele Nespoli, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, apresentaram um histórico da atuação da Fiocruz na construção do documento, que busca promover o diálogo entre saberes populares e técnico-científicos no SUS, fortalecer a gestão participativa e os movimentos sociais e incentivar o protagonismo popular no enfrentamento aos condicionantes sociais de saúde.  

 

Durante a apresentação,  destacaram a participação da Fiocruz em diversas etapas da elaboração da política. Em 2002, ainda durante o período de transição de governo, pesquisadores da Fundação assinaram uma carta em defesa de políticas públicas para o tema. Cinco anos depois, foi criado o Comitê Nacional de Educação Popular em Saúde, reunindo representantes de movimentos populares, da Fiocruz e de outras áreas técnicas do Ministério da Saúde para articular a criação do documento.  

 

Após a publicação da PNEPS-SUS, a Fiocruz coordenou as duas edições do Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde (EdPopSUS), uma das principais iniciativas de implementação da política. Quase 30 mil pessoas participaram das formações. Hoje a Fundação integra a Comissão de Articulação e Assessoramento ao Processo de Fortalecimento da PNEPS-SUS, criada pelo Ministério da Saúde em agosto deste ano com o objetivo de construir um novo plano de operação  e propor outras estratégias.   

 

“Essa política está viva. Nós a estamos resgatando a nível de gestão federal, mas ela está aí enraizada nos territórios, mobilizando corações e mentes graças, fundamentalmente, ao papel que essa rede Fiocruz tem construído”, ressaltou Bonetti. “Um grande passo que a política traz é ofertar um conceito possível de ser trabalhado nas múltiplas expressões do fazer saúde. É uma prioridade da democracia a gente construir cada vez mais ações de base territorial, fortalecer os vínculos com os territórios e os movimentos sociais.”  

 

Foto: Peter Ilicciev (CCS)

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