A aula inaugural da Escola de Governo Fiocruz-Brasília foi realizada nesta terça-feira, 14 de março, no auditório externo, com transmissão online pelo canal da instituição no YouTube.

Representando o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Machado lembrou a importância de se marcar o início do ano letivo, pois cada nova turma que chega expressa uma renovação. Ela desejou aos estudantes que a passagem deles pela Fiocruz seja relevante não só profissionalmente, mas também na vida pessoal. A abertura da atividade contou também com a participação da representante discente, Michele Falcão, a diretora da Escola, Luciana Sepúlveda, e a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, que ressaltou que o momento é de construção coletiva e esperança para um futuro com mais equidade e democracia. “A saúde digital é um tema atual, e necessitamos que novas tecnologias sejam integradas aos processos com compromisso de olhar para a agenda do SUS com mais equidade”, disse.

A responsável pela Secretaria de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI) do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, fez uma palestra com tema: Saúde digital, democracia, equidade e universalidade do SUS. Ela apresentou um histórico da integração entre a área da saúde e as novas tecnologias, citando artigos, legislação nacional e momentos de gestões anteriores do Ministério da Saúde e que forma implementadas ações importantes para a saúde digital, tal como o uso de prontuários eletrônicos, a telemedicina e a telessaúde. O painel Vacinômetro Covid-19  foi destacado como iniciativa atual que atualiza diariamente o total do imunizante aplicado no Brasil, organizando os dados em nível federal, estadual e municipal, e apresenta gráficos com informações das doses aplicadas por grupos prioritários e por faixa etária. O aplicativo Conecte SUS também foi citado como um espelho importante para o cidadão, trazendo informações da Rede Nacional de Dados de Saúde em formato acessível.

Segundo ela, a transformação digital busca melhores resultados e desfechos do sistema de saúde, em especial na atenção básica, em meio aos recursos limitados e demandas crescentes da população por medidas inovadoras. “O uso das tecnologias de informação e comunicação para melhorar o acesso e a qualidade do cuidado é necessário”, ressaltou. A secretária ressaltou também o desafio da regulamentação da Lei Geral de Proteção de Dados e o documento lançado pela Organização Panamericana da Saúde contendo oito princípios orientadores da transformação digital no setor saúde .

O debatedor da aula foi o especialista em Políticas de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Fiocruz, Francisco Campos, que ressaltou como nenhuma transformação digital fará sentido se estiver desligada da inclusão e da equidade. “Saúde digital não pode ser um brinquedinho”. Clique no vídeo abaixo para assistir à gravação da aula inaugural.

Fotos: Sergio Velho Jr / Fiocruz Brasília