Em atividade promovida pela Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA), com a colaboração da Fiocruz Brasília, o protagonismo juvenil foi ressaltado na realização de oficinas com estudantes do Ensino Fundamental, entre 11 e 15 anos, de escolas públicas do DF. Além de discutirem a temática saúde e meio ambiente por meio da produção de texto, do audiovisual e das mídias sociais, os estudantes foram incentivados a serem multiplicadores em suas comunidades escolares, estimulando outros alunos a debaterem esses temas relacionando-os às suas próprias realidades.
As duas atividades integraram a programação da V Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), que reuniu cerca de 200 pessoas, entre estudantes e professores de todas as regionais de ensino do DF, nos dias 27, 28 de fevereiro e 1 de março, em Brasília. As oficinas foram realizadas nos dois primeiros dias do evento. As jornalistas da Assessoria de Comunicação, Nayane Taniguchi e Nathállia Gameiro apresentaram conteúdos sobre produção de texto e mídias sociais.
A professora do Centro Educacional Agrourbano Ipê – Riacho Fundo, Adriana Carvalho, ressaltou a importância de reunir estudantes de várias escolas públicas do Distrito Federal em espaços como os da Conferência. “Além da interação e socialização, é importante eles fazerem essas oficinas e terem contato com outras possibilidades que no dia a dia eles não têm”, afirma.
A condução das oficinas priorizou a participação dos estudantes no processo de aprendizagem, por meio da realização de dinâmicas que proporcionaram a produção de conteúdos pelos próprios alunos. Durante os dois dias, eles apresentaram trabalhos que relacionavam as temáticas saúde, meio ambiente e os locais onde residem, refletindo sobre problemas da comunidade e situações vividas por eles nas escolas. Poluição, preservação do meio ambiente, escassez e racionamento de água, descarte inapropriado de lixo, reciclagem, e desmatamento foram alguns temas destacados pelo grupo, por meio de textos, desenhos, ilustrações e paródia, além de simulações de posts nas mídias sociais, áudios e vídeos.
“É importante enfatizar o quanto eles gostaram das oficinas. Além do debate proporcionado, houve a vivência e a troca de experiência, apresentação de trabalhos, as explicações sobre a produção de texto e o uso das mídias em prol da ciência e do meio ambiente, usando as tecnologias que dispõem no dia a dia”, destacou Adriana. Acrescentou ser “a interação entre a Fiocruz e a Secretaria de Educação importante por proporcionar espaços para que os estudantes possam, também, se manifestar. Meus estudantes estão muito estimulados, já comentaram com a Direção da escola que querem participar desta edição da Olimpíada [OBSMA]. Eles gostaram da possibilidade de fazer e mostrar o trabalho deles. Este tipo de iniciativa é muito importante, por reunir e colocar os alunos para mostrarem o que eles sabem e como pensam”.
Para a estudante do Centro de Ensino Fundamental 19 de Taguatinga, Maria Isabella Mendes, de 14 anos, a oficina foi interessante e dinâmica e permitiu que os alunos tivessem contato com assuntos que não pensavam que veriam em sala de aula. “Aprendemos de um jeito diferente e legal, estudando e conversando, foi uma troca entre os alunos. Através das oficinas descobrimos a Fiocruz e vamos participar da OBSMA”, afirmou. Saiba como participar da Olimpíada: www.olimpiada.fiocruz.br
Esta foi a primeira vez que as oficinas foram ministradas aos estudantes, que também foram convidados a inscreverem projetos e trabalhos na nona edição da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA), que está com inscrições abertas até o final de julho. Para a coordenadora executiva e pedagógica da Olimpíada, Inez Sodré, as oficinas permitem que os alunos levem o olhar da juventude e estimulem os professores a pensar criticamente temas relacionados à saúde e meio ambiente. Confira o vídeo abaixo
Em novembro de 2017, a convite da Secretaria de Educação, por meio da Gerência de Educação Ambiental, Patrimonial, Língua Estrangeira e Arte-Educação (GEAPLA), a Fiocruz Brasília esteve presente no I Encontro da Rede de Educadores Ambientais. Na ocasião, foram ministradas Oficinas para os professores, a partir da iniciativa da OBSMA.
“A Fiocruz veio para compartilhar saberes e novas possibilidades de aprendizagem: educação ambiental e produção de texto, educação ambiental e mídias sociais, saúde e meio ambiente”, afirmou a gerente de Educação Ambiental, Patrimonial, Língua Estrangeira, Arte-Educação da Secretaria de Educação, Isabel Andrade. Ela destaca que o papel dos estudantes nesse processo é de fomentar as discussões na escola. “Por isso essa parceria com os alunos, para que eles levem esses novos aprendizados para suas escolas, casas e comunidades”, finalizou. Confira o vídeo abaixo.
CNIJMA
Iniciativa do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambienteal (PNEA), constituído pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente tem como estratégia a mobilização de estudantes, adolescentes e jovens de todo o país, com o objetivo de promover a reflexão, o desenvolvimento de estudos, pesquisas e a elaboração de projetos de ações no contexto da temática socioambiental, considerando seus desafios e alternativas, no âmbito da escola e do seu entorno.
A V Conferência teve como tema “Vamos cuidar do Brasil cuidando da água”. A Conferência envolve um processo pedagógico que promove a dimensão social e política da questão da água como recurso finito e objetiva fomentar diálogos nas escolas e comunidades para a construção coletiva de conhecimentos em busca de soluções para as questões relacionadas à água, respeitando e valorizando a opinião e o protagonismo juvenil, atendendo aos princípios: jovem educa jovem; jovem escolhe jovem; uma geração aprende com a outra.