Fernanda Marques / Jacarandá
O que acontece quando professores e estudantes, com o apoio de diretores e outros gestores da educação, se deparam com uma curiosidade instigante ou com um problema enfrentado pela comunidade escolar? Eles estudam, debatem, elaboram um projeto, colocam em prática uma metodologia, analisam os resultados e respondem à questão com base no espírito crítico e nas evidências científicas. Ao longo de 2024, esse processo se repetiu mais de 500 vezes em escolas públicas do Distrito Federal (DF). Estamos falando dos projetos participantes do 13º Circuito de Ciências das Escolas Públicas do DF, cuja cerimônia de encerramento ocorreu na última quinta-feira (5/12), no Espaço Cultural Professora Neusa França, na sede da Secretaria de Educação do DF. Os parceiros da iniciativa, entre eles o Sebrae e a Fiocruz, prestigiaram o evento.
Realizado pela Subsecretaria de Educação Básica da Secretaria de Educação do DF, por meio da Gerência de Programas e Projetos Transversais (GPROJ/DISPRE/UNIGAEB), o Circuito tem três etapas: local, nas escolas; regional, no âmbito das Coordenações de Ensino, as CREs; e distrital. Cerca de 100 trabalhos foram selecionados para a etapa distrital e apresentados durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do DF, coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), de 5 a 10 de novembro, na área externa do Museu Nacional da República, em Brasília. Os 27 vencedores, em 10 diferentes categorias, da educação infantil à Educação de Jovens e Adultos (EJA), foram premiados na cerimônia de encerramento.
Em torno de 80 mil estudantes foram alcançados pelo 13º Circuito, incluindo aqueles que visitaram as feiras nas três etapas. “A Fiocruz tem um compromisso com a ciência. E a ciência e escola têm uma conexão fundamental. A escola deve ser espaço propício para que o conhecimento germine e se multiplique”, afirmou a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio. Entre os prêmios oferecidos pela instituição para as equipes vencedoras, destacam-se os jogos de divulgação científica Caminhos de Oswaldo e Imune, acompanhados por um livreto com orientações para apoiar os professores no uso em sala de aula. O material foi desenvolvido pelo Instituto Oswaldo Cruz e pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), duas unidades da Fiocruz no Rio de Janeiro. Destacam-se também exemplares da cartilha “Faça seu Fórum Ciência e Sociedade”, além da coletânea “Histórias no DF para Inspirar Cientistas”, fruto de um projeto da Fiocruz Brasília baseado no livro “Histórias para Inspirar Futuras Cientistas”, do Icict.
Mas a premiação da Fiocruz não para por aí. Em uma parceria com o site In Vivo do Museu da Vida Fiocruz, no Rio de Janeiro, ao longo de 2025, os projetos vencedores do 13º Circuito se transformarão em uma série de reportagens especiais para o site, onde professores e estudantes, protagonistas desse trabalho, poderão contar suas histórias. A equipe do In Vivo conheceu o Circuito durante a SNCT-DF e a expectativa é que esse encontro possa levar as boas ideias das escolas públicas do DF ainda mais longe!
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