Produção de conhecimento entre fichas e livros

Fernanda Marques 15 de dezembro de 2023


O ano chega ao fim, mas os estudos e pesquisas não param. E, para apoiar e incentivar a leitura, pesquisadores, professores, estudantes e população em geral contam com a Biblioteca da Fiocruz Brasília, uma das unidades que compõem a Rede de Bibliotecas da Fiocruz. “Saúde e comunicação: visibilidades e silêncios”, “Fundamentos de epidemiologia”, “Manual de saúde mental”, “Metodologia do trabalho científico” e “Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa” são alguns dos novos títulos que chegaram ao acervo da biblioteca, instalada em uma aconchegante e silenciosa sala no andar térreo do prédio da Escola de Governo Fiocruz-Brasília. O acervo reúne em torno de 2.500 obras, entre livros, dissertações de mestrado e multimídias, com temáticas relacionadas à atenção primária à saúde, enfrentamento das desigualdades, educação, comunicação em saúde, segurança alimentar, saúde e ambiente, saúde mental, transformação digital e vigilância em saúde, entre outras. Um conteúdo aberto à consulta do público interno e externo – embora os empréstimos sejam restritos a pessoas que tenham vínculo profissional ou acadêmico com a Fiocruz. 

 

Além dos títulos especializados, os visitantes da biblioteca também têm acesso aos livros do Troca-Troca Literário. “Este projeto foi motivado pelo Programa de Vocação Científica, o Provoc. Os estudantes de ensino médio do programa vinham à biblioteca com a expectativa de uma leitura menos técnica. Buscavam livros de ficção, romances e leituras recreativas, que não tínhamos aqui”, conta a bibliotecária Lívia Rodrigues Batista. A partir de doações, criou-se um pequeno acervo de literatura juvenil, que agora está à disposição não só dos participantes do Provoc, mas de todo o público interno e externo. “Funciona assim: qualquer pessoa interessada pode pegar um livro, desde que deixe outro em seu lugar”, explica Lívia. “A culpa é das estrelas” e “O guia do mochileiro das galáxias” estão entre os títulos atualmente disponíveis para o troca-troca. “O projeto iniciou com foco nos adolescentes, mas hoje ele já alcança outros públicos, como os residentes da nossa Escola de Governo”, acrescenta a bibliotecária.

 

O trabalho em uma biblioteca inclui acolher os visitantes e zelar pelas obras, gerenciando a circulação do acervo – cadastro de novos títulos, consultas, empréstimos, devoluções e renovações. Para saber quais os títulos disponíveis na Fiocruz Brasília, antes de se dirigir presencialmente à biblioteca, o usuário pode acessar o catálogo online. E, além dos exemplares físicos, organizados nas prateleiras, os leitores contam, ainda, com uma série de conteúdos em formato eletrônico, no repositório institucional da Fiocruz, o Arca

 

Com especialização recentemente concluída em biblioteconomia na era digital, Lívia cuida também das fichas catalográficas das dissertações de mestrado e dos trabalhos de conclusão de curso das especializações e residências da Escola de Governo Fiocruz – Brasília. A ficha catalográfica é uma espécie de identidade de um documento, contendo as informações necessárias para identificá-lo e localizá-lo em um acervo. Antes, Lívia fazia as fichas manualmente, mas, desde outubro de 2022, a Rede de Bibliotecas da Fiocruz disponibilizou um sistema informatizado, que facilita o processo tanto para o estudante quanto para o bibliotecário. “Para os alunos, porque o sistema já especifica os campos que eles devem preencher com os dados do trabalho. Para os bibliotecários, porque a demanda chega para nós organizada e sistematizada. Antes, os pedidos vinham em vários e-mails, era mais demorado, e alguma mensagem podia se perder”, avalia a profissional, que utiliza o sistema, ainda, para orientar e notificar os estudantes sobre os ajustes eventualmente necessários na normalização das referências bibliográficas e na formatação dos trabalhos acadêmicos. 

 

Desde a implantação do sistema até outubro deste ano, por ocasião do 17º Encontro da Rede de Bibliotecas da Fiocruz, a Biblioteca da Fiocruz Brasília havia contabilizado 120 fichas catalográficas, ficando entre as três bibliotecas da Rede que mais produziram essas fichas. Agora, no início de dezembro, a quantidade já ultrapassou 200. “Não se trata de um ranking, muito menos de uma competição entre as unidades”, frisa Lívia. “Mas esses números são interessantes para dar uma dimensão da produtividade não só da nossa biblioteca, como também, e principalmente, dos nossos estudantes”, destaca. 

 

Para quem quiser visitar e conhecer a Biblioteca da Fiocruz Brasília, ela funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com intervalo de almoço. A Fiocruz Brasília fica no campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (L3 Norte, s/n). Mais informações pelo telefone (61) 3329-4637 ou pelo e-mail biblioteca.egfbsb@fiocruz.br