O curso analisa o avanço subsidiado do setor privado na saúde brasileira, desde os primórdios da saúde pública no século XIX até os embates políticos contemporâneos. Explorando a fragmentação histórica do sistema de saúde, discute-se a evolução das políticas assistencialistas e dos convênios com instituições privadas. O surgimento do movimento sanitário é abordado como uma reação a esse modelo, buscando desmercantilizar e democratizar a saúde. São apresentados dados sobre a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS), enfatizando seu papel crucial na oferta de assistência à saúde para os brasileiros, especialmente os mais vulneráveis. Além disso, a complexa interação entre os setores público e privado no contexto do SUS é explorada, juntamente com a precarização do trabalho na área da saúde. São examinadas as estratégias dos gestores públicos para estreitar vínculos com grupos empresariais de saúde, dadas as limitações de recursos na rede pública. Em síntese, o curso oferece uma visão das relações público-privadas na saúde brasileira, examinando diferentes modelos de parcerias, os desafios enfrentados e as perspectivas para o fortalecimento do SUS e a garantia do direito à saúde para todos os brasileiros.

Objetivos

• Compreender a trajetória histórica da saúde pública no Brasil, desde o século XIX até os dias atuais;
• Analisar as políticas e os convênios com instituições privadas que marcaram a fragmentação do sistema de saúde;
• Identificar os principais pontos de tensão entre o modelo assistencialista e o movimento sanitário;
• Conhecer as implicações da Constituição de 1988 para as relações público-privado na saúde;
• Analisar as modalidades de parceria entre o setor público e entidades privadas;
• Discutir as estratégias de gestão e financiamento do SUS em meio às relações público-privadas;
• Analisar as estratégias dos gestores públicos para estreitar vínculos com grupos empresariais de saúde e suas implicações.