Mais de 19 mil mortes por infarto e AVC por ano são atribuíveis ao consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil
O pesquisador Eduardo Nilson, do Observatório Brasileiro de Hábitos Alimentares (OBHA), publicou os resultados de um novo estudo sobre o impacto do consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil, agora estimando o impacto sobre doenças cardiovasculares (infarto e AVC). O artigo foi publicado no periódico Frontiers in Nutrition e estimou que cerca de um terço das mortes por todas as causas atribuíveis ao consumo de ultraprocessados são por infarto e AVC (mais de 19 mil mortes por ano), além de mais de 74 mil novos casos e 883 mil anos ajustados por incapacidade perdidos por ano.
Se a população inteira seguisse dieta similar aos 20% que menos consomem ultraprocessados, mais de 80% das mortes por doenças cardiovasculares atribuíveis a ultraprocessados poderiam ser evitadas. Os dados reforçam a urgência de políticas que transformem os sistemas alimentares e ambientes alimentares para promover escolhas alimentares saudáveis a partir das recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira, tais como taxação de alimentos ultraprocessados, subsídios para alimentos frescos e minimamente processados, regulação da publicidade de alimentos, restrição da venda de alimentos ultraprocessados em ambientes como escolas e instituições públicas, aprimoramento da rotulagem nutricional e investimentos em ações educativas e de comunicação para a população.
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Fonte: obha.fiocruz.br
Imagem: Pixabay